Os influenciadores digitais no segmento de investimentos possuem 94,1 milhões de seguidores, de acordo com a terceira edição do relatório Finfluence: quem fala de investimentos nas redes sociais, publicado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) em parceria com o Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD).
O estudo coletou 188.091 publicações feitas por 255 influenciadores no primeiro semestre de 2022. Esse grupo comanda 581 perfis em quatro mídias sociais: Facebook, Instagram, Twitter e YouTube.
E com mais de um milhão e meio de seguidores, Charles Mendlowicz, o Economista Sincero, foi o destaque entre os produtores de conteúdo. Mendlowicz já havia ocupado o posto número um entre os influenciadores deste segmento na edição passada do levantamento da Anbima, realizada entre fevereiro e dezembro de 2021.
Desta vez, Fernando Ulrich ocupou a segunda posição e Tiago Reis, sócio-fundador da Suno Research, a terceira.
O número de produtores de conteúdo mapeados diminuiu em relação à edição anterior do estudo Finfluence, realizada entre fevereiro e dezembro de 2021, quando somava 277. Do topo da lista, saíram nomes como Nath Finanças e Gustavo Cerbasi, autor de livros sobre finanças pessoais e investimentos.
Já o número de seguidores dos influenciadores aumentou 3% sobre a base pesquisada na última edição. Confira a lista dos dez mais influentes do segmento de investimentos nas redes sociais, segundo a Anbima:
Menos publicações
Segundo o levantamento, somadas, a média de publicações dos produtores de conteúdo mapeados ficou em 31,3 mil posts por mês. O número também menor se comparado aos 36,9 mil registrados na edição anterior do estudo.
A queda no número de publicações não significa necessariamente menor interesse, sinaliza o relatório da Anbima, que destaca um aumento de 19% na média de interações – curtidas, comentários e compartilhamentos – com as postagens.
O estudo leva em consideração a forma como os seguidores usam as plataformas, os atributos e comportamentos de cada uma delas, além das postagens dos influenciadores.
As redes mais usadas
O Twitter se manteve como a rede social mais usada pelos influenciadores do segmento de finanças e investimentos, sendo responsável por dois terços das publicações. “Com postagens curtas, o microblog atrai pela leitura rápida e atualização em tempo real”, diz o relatório da Anbima.
O engajamento dos seguidores aumentou em três das quatro mídias sociais consideradas no levantamento. A exceção foi o YouTube, em que houve recuo. A rede de vídeos, no entanto, já era líder absoluta nesse quesito e se manteve nessa posição, com uma média de 5.720 de interações por post.
No engajamento, o Facebook registrou o maior crescimento (de 36 para 75 interações por post) em relação ao último levantamento Finfluence.
Em volume de publicações, o mercado de ações é o líder absoluto entre as temáticas mais abordadas pelos influenciadores de investimentos, aponta o estudo da Anbima, somando 48,2% do volume total.
O percentual é quase cinco vezes maior do que registrado pelo segundo assunto mais popular, que são as criptomoedas. Em termos de engajamento, entretanto, os seguidores mostraram-se especialmente interessados em assuntos relacionados a commodities.