Investimento da Petrobras nas bacias da Margem Equatorial terá impacto econômico inédito no Maranhão

A possibilidade de exploração, em um único campo, de 400 milhões de barris pode gerar 14 bilhões de reais de renda, o equivalente a 20% do PIB maranhense.

Fonte: Redação / Assessoria

O anúncio, esta semana, de que o Plano Estratégico 2023-2027 da Petrobras será divulgado em novembro trouxe novas expectativas para o aquecimento da economia maranhense. A previsão de investimentos para a Margem Equatorial Brasileira, considerada o novo pré-sal do Brasil devido ao enorme potencial de petróleo e gás da região, é de 2 bilhões de dólares.

O Maranhão faz parte da área delimitada da costa do Amapá até o Rio Grande do Norte. Das cinco bacias que compõem a Margem, duas delas estão em território maranhense.

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Programas Estratégicos (SEDEPE), informou que tem atuado para que a Petrobras priorize a exploração da área.

Em junho deste ano, o secretario de Desenvolvimento Econômico e Programas Estratégicos, José Reinaldo Tavares, acompanhado do presidente da Gasmar (Companhia Maranhense de Gás), Allan Kardec Duailibe, do presidente da Fiema (Federação das Indústrias do Maranhão) e de demais autoridades, liderou uma comitiva que foi até a sede da Petrobrás, no Rio de Janeiro, solicitando prioridade ao potencial maranhense.

Segundo um estudo técnico sobre a Margem Equatorial, elaborada por três pesquisadores, incluindo o presidente da Gasmar, que é professor universitário, PhD, somente o potencial petrolífero da Bacia do Pará-Maranhão é da ordem de 20 a 30 milhões de barris, cerca de metade dos recursos descobertos até hoje no pré-sal, com impacto direto na economia do estado.

Com a possibilidade de exploração, em um único campo, de 400 milhões de barris, seu aproveitamento poderia gerar, em 30 anos, R$ 14 bilhões de renda, o equivalente a 12% do PIB do Pará e a 20% do PIB do Maranhão.

Duailibe explica que, com o aumento do dólar, o impacto seria de 28 bilhões reais, ou seja, 40 % do PIB maranhense.

“A Gasmar também tem interesse na Margem Equatorial, e está acompanhando todo esse processo, já que existe também na área amplo potencial de gás para ser explorado”, declarou o presidente da companhia maranhense de gás.

A visita à Petrobrás, realizada pela SEDEPE em junho, resultou em um Acordo de Cooperação, entre Governo do Estado e Petrobras, para solução de eventuais questões surgidas durante a exploração e atualização de todas as etapas do processo. A partir de 2023, a companhia vai fazer a primeira perfuração na Bacia de Barreirinhas.

“O Maranhão sempre foi um estado alardeado pelos enormes potenciais. Tinha potencial, mas não tinha projetos. Hoje temos projetos, interlocução com investidores, execução de projetos e um governo que se posiciona a favor de toda e qualquer iniciativa que resulte em atração de investimentos com consequente melhoria de vida à população”, explicou o secretário e ex-governador José Reinaldo Tavares.

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