Celeiro de grandes talentos do esporte, o Maranhão não é conhecido somente por revelar jogadores de futebol famosos como os atacantes França e Kléber Pereira. Em diferentes modalidades, entre homens e mulheres, o estado nordestino é representado por verdadeiros craques, reconhecidos dentro e fora do Brasil.
Rayssa Leal – Skate
A “Fadinha do Skate” é um dos grandes fenômenos do esporte mundial na atualidade. Com apenas 14 anos de idade, a adolescente nascida em Imperatriz, região metropolitana do sudoeste maranhense, já coleciona uma porção de feitos em sua carreira como atleta, com destaque especial paras as medalhas de prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, e de ouro nos X Games, em Chiba, também no Japão, em 2022.
Representante brasileira mais jovem a disputar uma Olimpíada, aos 13 anos, Rayssa vem dominando as competições da categoria street nesta temporada. Em três etapas disputadas da Street League Skateboarding (SLS), a liga mundial da modalidade, ela foi campeã de todas, nas cidades norte-americanas de Seattle, Jacksonville e Las Vegas, se garantindo assim no Super Crown, rodada decisiva que acontecerá no Rio de Janeiro, nos dias 5 e 6 de novembro.
Ana Paula Rodrigues – Handebol
Aos 34 anos de idade, a atleta natural de São Luís é um dos destaques da seleção brasileira feminina de handebol nos últimos anos. Com quatro participações olímpicas (Pequim-2008, Londres-2012, Rio-2016 e Tóquio-2021) e três títulos dos Jogos Pan-Americanos (Guadalajara-2011, Toronto-2015 e Lima-2019), a central também fez parte da equipe campeã mundial em 2013, na Sérvia.
Na decisão, marcou quatro gols na vitória por 22 a 20 contra as donas da casa. Por clubes, sua maior conquista foi o título da Liga dos Campeões da Europa, a Champions League da modalidade, em 2016, pelo CSM Bucaresti, da Romênia.
José Luiz da Costa – Poker
Também nascido na capital maranhense, José Luiz da Costa é um dos grandes nomes do país no jogo de cartas, considerado mundialmente um esporte mental. O sucesso a nível nacional veio em 2013, quando ele se tornou campeão de uma das oito etapas do Brazilian Series of Poker (BSOP), o campeonato brasileiro da modalidade, que é patrocinado pelo PokerStars, uma das maiores plataformas online do mundo no segmento.
Além da vitória no torneio disputado em São Paulo, Costa também se destacou nas competições online no ano seguinte. No evento Sunday Million, que contou com mais de 7 mil jogadores inscritos, ele foi o único brasileiro a chegar na mesa final, terminando em quarto lugar.
Tânia Maranhão – Futebol
Com quase 30 anos de carreira, a zagueira nascida em São Luís viu de perto o surgimento de diferentes gerações do futebol feminino nacional. Estreou no esporte em 1993 e, aos 46 anos, em 2021, ainda estava em campo para disputar a fase final da Série A2 do Campeonato Brasileiro pelo Iranduba-AM.
Por mais de duas décadas defendendo a seleção nacional, disputou quatro Olimpíadas (prata em Atenas-2004 e Pequim-2008), três Mundiais (vice na China em 2007) e três Jogos Pan-Americanos (ouro em Santo Domingo-2003 e Rio-2007 e prata em Guadalajara-2011).
Iziane Marques – Basquete
Campeã da Copa América, em 2001, e medalhista de bronze no Pan de Guadalajara, em 2011, a habilidosa ala de São Luís se transformou em uma das principais referências do basquete do país após a aposentadoria de Janeth Arcain, ícone do esporte.
Em 2002, aos 21 anos de idade, Iziane migrou para os Estados Unidos, se tornando a jogadora mais jovem a disputar a Women’s National Basketball Association (WNBA). Por lá, defendeu cinco times diferentes em pouco mais de uma década. Hoje, aposentada das quadras, integra a Comissão de Atletas do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
José Carlos Moreira – Atletismo
Conhecido como “Codó”, em referência ao sexto município mais populoso do estado do Maranhão, onde nasceu, Moreira foi medalhista de ouro do revezamento 4×100 metros nos Jogos Pan-Americanos do Rio-2007. E foi na mesma prova que viveu seu grande momento, na Olimpíada de Pequim-2008, ou melhor… 11 anos depois.
Após cruzarem a linha no quarto lugar, José Carlos Moreira, Sandro Viana, Vicente Lenilson e Bruno Lins foram coroados em 2019 com a medalha de bronze graças à desclassificação da equipe jamaicana comandada por Usain Bolt, devido ao teste positivo no exame de antidoping de Nesta Cartes, refeito em 2017.