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Maranhão tem 90 casos de câncer de boca diagnosticados em 2021

Estima-se que o risco de adoecer entre fumantes seja quase cinco vezes maior que entre pessoas que não fumam.

Fonte: Luciene Vieira

O Maranhão teve 90 casos de câncer de boca diagnosticados em 2021. A informação é do diretor da Unidade de Especialidades Odontológicas do Maranhão (Sorrir), Fabrício Saraiva.

Nessa quinta-feira (3), foi lançada a campanha estadual de prevenção ao Câncer de Boca. A doença tem uma mortalidade alta, chega de forma silenciosa, e atinge na maioria das vezes os homens. No Brasil, devem ser registrados 15 mil casos, neste ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

A campanha de Prevenção ao Câncer de Boca foi lançada no Hospital de Câncer do Maranhão, com o suporte do Sorrir Móvel, do Departamento de Atenção às Unidades Odontológicas da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Ela tem o objetivo de orientar a população acerca dos cuidados necessários para prevenir a doença ou realizar o diagnóstico precocemente.

De a acordo com Fabrício Saraiva, a demanda na campanha é livre. “Qualquer pessoa poderá ser atendida no ônibus do Sorrir Móvel. Quem estiver caminhando pela rua e quiser parar para fazer a avaliação, por exemplo, será atendido. E, caso ocorra alguma necessidade, este paciente será encaminhado para a Clínica Sorrir, localizada na Avenida Beira-Mar, para que possa dar continuidade ao atendimento com um de nossos profissionais de estomatologia”, informou.

Segundo o diretor da Unidade Sorrir, as ações da campanha serão estendidas por semanas, em vários pontos de São Luís. Antes de ir à clínica Sorrir, Fabrício disse que é necessário o paciente ser primeiro atendido em alguma Unidade Básica de Saúde.

“Saúde é prevenção. Quanto mais conhecimento a população tiver, mais facilidade nós conseguiremos no diagnóstico precoce. Qualquer lesão estranha na cavidade oral precisa ser identificada precocemente, pois é um sintoma da manifestação do câncer de boca. É uma doença que tem uma mortalidade muito alta, e chega de forma silenciosa, além de atingir na maioria das vezes os homens”, frisou.

O tabagismo é o principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de boca. Estima-se que o risco de adoecer entre fumantes seja quase cinco vezes maior que entre não fumantes.

De acordo com o Inca, o risco não se limita apenas ao cigarro comum. Charuto, cachimbo, fumo de rolo, rapé, narguilé e outros produtos derivados de tabaco também compartilham das mesmas probabilidades, inclusive para o surgimento dos tumores na cavidade oral.

O consumo de álcool é considerado o segundo fator mais associado à doença. A infecção pelo papilomavírus humano (HPV) com potencial para o desenvolvimento de câncer, principalmente os tipos 16 e 18, também é considerado um fator de risco.

As lesões do câncer de boca geralmente são assintomáticas nos estágios iniciais. Com a evolução da doença, os indivíduos podem apresentar dor, sugerindo o comprometimento de estruturas na região da boca.

Segundo Fabrício Saraiva, qualquer lesão na boca que não cicatrize em até 15 dias precisa ser investigada. Os principais sinais e sintomas de alerta para o câncer de boca são: lesões não dolorosas persistentes por mais de 15 dias; placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, nas gengivas, no céu da boca e na mucosa; caroços no pescoço; rouquidão persistente; dificuldade de mastigação, deglutição ou fala; e assimetria facial.

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