O Poder Judiciário da Comarca de Riachão realizou nesta segunda-feira, 7 de novembro, o julgamento de Ivo dos Santos Nascimento. Ele estava sendo acusado de prática de crime de feminicídio, tendo como vítima Leidiane Silva Ribeiro, com quem vivia em uma união estável. Durante o Tribunal do Júri, o conselho de sentença decidiu pela culpabilidade do réu, que recebeu a pena de 18 anos de reclusão, a ser cumprida, inicialmente, em regime fechado. O juri foi presidido pelo juiz titular Francisco Bezerra Simões.
Destaca a denúncia do caso que o crime ocorreu na madrugada de 27 de fevereiro deste ano, na residência do casal, no Bairro Aeroporto. Versa que o denunciado e a vítima conviviam em união estável e, no dia do fato, foram a uma festa na Boate ‘Scalibur’, na companhia de uma amiga de Lediane, de nome Ana Cláudia. Perto do final da festa, todos resolveram voltar para casa. Em depoimento, Ivo disse que ele e Leidiane iniciaram uma forte discussão. Relatou, ainda, que pegou uma faca que estava sobre a cômoda e desferiu facadas na companheira, fugindo em seguida para o matagal que fica próximo à casa.
TESTEMUNHA
Também em depoimento, Ana Cláudia disse que estava hospedada na casa de Ivo e Leidiane e que, ao retornarem da festa, ouviu a discussão entre os dois, momento em que Leidiane teria pedido a Ivo para que não a ‘furasse’. Certo tempo depois, Ivo saiu do quarto, deixando a vítima no chão, momento em que chamou a polícia. Por fim, ela relatou que, no momento do crime, a filha adolescente de Leidiane estava na casa. Ao chegar no local, a equipe policial constatou que a vítima havia sido atingida pelo companheiro com cinco facadas, e recebeu informações de que o autor do crime estava escondido nas proximidades.
Após perseguição, a polícia conseguiu prender Ivo. Ele encontra-se preso na Unidade Prisional de Balsas. A sessão de julgamento foi realizada nas dependências da Câmara de Vereadores de Riachão e, além do magistrado, presidente da sessão, contou com a atuação do promotor de Justiça Adoniran Souza Guimarães, na acusação, e do defensor nomeado Benedito Jorge Gonçalves de Lira, que defendeu o réu.