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Homem é suspeito de matar e enterrar filha no quintal de casa

Justiça decretou a prisão do pai da vítima, e polícia encontrou ossada foi encontrada em imóvel onde eles moravam.

Fonte: Redação / Brenda Bento

A Justiça decretou a prisão de um homem que é suspeito de ter matado e enterrado a filha adolescente de 17 anos, no quintal da casa onde moravam, no bairro Balneário Britânia, em Ilha Comprida, no litoral de São Paulo.

Agata Gonzaga Peixoto Ferreira, de 17 anos, estava desaparecida há mais de um ano, e na última sexta-feira (11), a Polícia Civil encontrou uma ossada no imóvel. os peritos acreditam que sejam os restos mortais da jovem, e o material foi coletado para a análise.

A polícia está à procura do suspeito, que já é considerado foragido da Justiça. “Foi decretada a prisão temporária pelo prazo de cinco dias. Esse prazo conta a partir da captura dele. Finalizado esse prazo, será pedida a prisão preventiva”, declarou o delegado da DP Sede de Ilha Comprida, Carlos Eiras.

O trabalho dos investigadores mobilizou uma retroescavadeira ao terreno e desenterrou a ossada, que acreditam ser de Agata.

A adolescente morava com o pai e a madrasta, mas que sumiu de repente, conforme informou um familiar que preferiu não se identificar. “Nunca tive convívio com o pai [dela], pois sempre foi uma má pessoa na família”.

Segundo ele, após ouvirem o pai de Ágata dizer que a adolescente tinha fugido com um ‘suposto’ namorado para Sorocaba, no interior paulista, eles resolveram procurar uma delegacia para que o caso fosse investigado. “Ele [pai] fugiu daqui, de onde morava. Ele sempre foi de Itanhaém, mas veio para cá, morou aqui três anos, e aí o delegado achou a ossada na casa que eles moravam”.

Ainda de acordo com o parente, a adolescente não tinha contato com a mãe e foi abandonada com três meses. “A avó cuidava dela, sempre cuidou, mas aí esse monstro, depois da menina crescer, veio fazer inferno na vida da gente”.

Um pedreiro e vizinho da família, João Antônio Santana de Souza, contou que estranhava o comportamento do pai com a adolescente. “Ele tinha um ciúme muito forte dela. A menina não podia fazer nada, não podia ter um celular, não podia nada”.

“Às vezes eu via ele brigando com ela. Minha filha chegava perguntando por ela e ele falava que estava em casa, com enxaqueca e que não ia sair. Sempre era assim”, disse Souza.

Entenda o caso

No 26 de outubro de 2022, um tio de Agata esteve na delegacia para informar sobre o desaparecimento da sobrinha, sumida há mais de um ano. O pai informou que a adolescente teria io para Itanhaém morar com a mãe.

Familiares entraram em contato com a mulher, mas ela negou que a jovem teria ido morar com ela, que sequer tinha visto a menina.

Diante da situação, o pai da adolescente mudou o discurso aos familiares e disse que Agata teria ido com um rapaz para Sorocaba, no interior de São Paulo.

O caso foi registrado como desaparecimento de pessoa, mas atualizado para homicídio na Delegacia de Ilha Comprida. A Polícia Civil segue com as investigações.

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