Moradores da zona rural de Timon, cidade distante 427 km de São Luís, testemunharam uma chuva de granizo, na última segunda-feira. A brusca mudança climática chamou a atenção dos populares, que ora registram bastante calor e depois um tempo muito chuvoso se forma.
No mês passado, vários bairros de Imperatriz também registraram o fenômeno, que ocasionou queda de energia em algumas regiões.
Os fortes ventos que acompanharam a huva de granizo chegaram a arrancar a lona de um circo, instalado no estacionamento de um shopping, mas ninguém se feriu.
O climatogista Werton Costa explica a ocorrência do fenômeno natural em pleno B-R-O BRÓ.
“Sabemos que para a ocorrência de chuvas são necessários dois componentes essenciais: a umidade da água no céu e o calor. Só que quando o calor está em demasia, quando há muita termodinâmica, há uma tendência das chuvas serem diferenciadas. É o que acontece no nosso B-R-O BRÓ. Temos temporais localizados, organizados em pancadas, mas geralmente com rajadas de ventos e muita descarga elétrica”, diz o especialista.
Ele acrescenta que o fenômeno, geralmente, ocorre entre os meses de outubro e novembro.
“As nuvens, em função do extremo de calor, são forçadas a crescer rapidamente. Então há um rápido processo de ascensão das cumulus nimbus, isso faz com que a parte superior das nuvens congelem. Por isso, o granizo. Sempre ocorre esse fenômeno entre o mês de outubro e novembro quando há mais termodinâmica, mais calor. As nuvens crescem rapidamente e caem na forma de pedrinha de gelo”, diz Costa.
