Diante da incerteza com relação ao preço dos combustíveis no ano que vem, muitos motoristas até então pouco interessados na eficiência de seus veículos estão começando a fazer cálculos para determinar, afinal, qual combustível compensa mais na hora de abastecer.
Quem tem carro flex se pergunta se vale a pena usar gasolina ou etanol. Alguns vão além e cogitam instalar o kit de Gás Natural Veicular (GNV), que tende a ser mais econômico no longo prazo, inclusive para modelos mais recentes, como o Onix 2023.
Para determinar qual a melhor opção de combustível na hora de abastecer, é preciso levar em consideração uma série de fatores. Por isso, separamos alguns prós e contras para você decidir qual opção vale mais a pena – se a tradicional gasolina, o etanol ou o mais recente GNV.
Gasolina
Por ser o combustível mais utilizado e tradicional, a gasolina tem a seu favor sua alta escalabilidade (uma vez que é fácil de encontrar, em comparação com o álcool) e dinamismo, levando em conta que é um ótimo lubrificante, que facilita o trabalho do motor e gera eficiência de arranque e economia enquanto o carro está em movimento.
Outra vantagem é a manutenção mais em conta de peças ligadas ao motores movidos a gasolina, que podem ser encontrados facilmente em lojas não especializadas com preços mais acessíveis.
Hoje, no quesito rendimento, a gasolina chega a ser 30% mais eficiente que o etanol, sendo uma opção intermediária no mercado, haja visto que o GNV é 25% mais eficiente do que ela.
Seu principal ponto negativo é a sua origem derivada do petróleo, que é altamente poluente e nocivo à biosfera e ao meio ambiente. Além disso, por ser bastante ligada ao mercado internacional, a gasolina sofre com maiores variações nos preços.
Etanol
Também chamado de álcool, trata-se de uma substância orgânica criada através da fermentação de açúcares e da hidratação do etileno. Desta forma, o etanol emite menos gases poluentes que a gasolina.
Nos postos de combustíveis, ele é vendido por um preço mais baixo que compensa seu rendimento inferior, que demanda abastecimentos mais frequentes por parte do motorista.
O etanol só deve ser utilizado em veículos que sejam Flex, caso contrário, é altamente prejudicial ao motor. Além disso, ele é inadequado em lugares mais frios, pois sua capacidade de combustão cai de maneira considerável em temperaturas abaixo dos 13 ºC.
Entre seus pontos positivos, podemos destacar sua ótima capacidade de limpeza do motor, que não suja o sistema de alimentação e que tende a gerar boa durabilidade para os componentes internos do carro.
Gás Natural Veicular (GNV)
Cada vez mais popular no Brasil, o GNV é o mesmo gás natural usado em casas e indústrias. Com um custo menor que seus principais concorrentes e maior eficiência energética, ele tem se tornado crescentemente requisitado nos postos de combustíveis.
Para poder abastecer com GNV, é preciso instalar um kit especial com cilindros que armazenam o gás sob pressão. Existem vários modelos disponíveis, que variam de R$ 3 mil a R$ 5 mil para instalação.
De maneira geral, o preço do metro cúbico (m³) do gás natural é mais barato do que o litro dos demais combustíveis, sendo também mais eficiente: rende até 50% a mais do que a gasolina, se considerarmos o sistema mais moderno, de quinta geração.
Por isso, o GNV é bastante indicado para motoristas que percorrem grandes distâncias diariamente. Exemplo: um motorista brasileiro que anda 3 mil quilômetros por mês em um carro que faz 8 km/l com gasolina tem um custo de R$ 0,58/km com gasolina e R$ 0,29/km com GNV.
Para se ter uma ideia, esse motorista economizaria R$ 10.561 em um ano – valor superior ao da instalação de um kit de quinta geração. Em resumo, o gás natural compensa de verdade para aqueles que fazem uso constante do veículo.
Em contrapartida, podemos citar como desvantagens do GNV a perda de potência do carro (em torno de 5%), a perda da garantia em boa parte dos casos e a redução do espaço útil do porta-malas, que acaba sendo ‘tomado’ pelos cilindros do kit.
Fonte: Carros 2023