Unicef lança plataforma de busca ativa de crianças que não tomaram vacina

O pacto pela vacinação está sendo feito nos encontros presenciais entre estados e municípios.

Fonte: Luciene Vieira

O índice de crianças vacinadas no Brasil estaria tão baixo que a Fundação das Nações Unidas para a Infância (Unicef) afirmou que lançará, ainda neste ano, uma plataforma de busca ativa.

“Esta é uma estratégia para ajudar os municípios no monitoramento dos casos da vacinação. A plataforma será lançada em 2022, porém colocada em prática em março de 2023”, informou Anelise Timm, que é especialista em Primeira Infância do Unicef.

Nessa terça-feira (29), foi realizado o quinto Café com Trilhas sobre “Busca Ativa Vacinar (BAV)”. O encontro foi realizado no auditório do Palácio Henrique de La Rocque, no Calhau. Durante o evento, foi discutido o pacto para a garantia das coberturas vacinais.

De acordo com Anelise, o pacto pela vacinação está sendo feito nos encontros presenciais do Selo Unicef entre Unicef, estados e municípios. O pacto visa implementar e fortalecer ações de Busca Ativa Vacinal, como a identificação das crianças em situação de atraso vacinal nas casas, unidades básicas de saúde, escolas, nos CRAS e espaços comunitários.

“O alcance das coberturas vacinais acima de 95% deve acontecer o mais breve possível. No entanto, para o cumprimento da meta do resultado sistêmico 1 – Desenvolvimento Integral na Primeira Infância, relativo à cobertura vacinal, o prazo é até 2024”, informou Anelise Timm.

Segundo a especialista em Primeira Infância do Unicef, a plataforma e o pacto funcionam para acelerar a cobertura das vacinas para pentavalente: difteria, tétano, coqueloche, hepatite B, infecções; tríplice viral: sarampo, caxumba, rubéola; tetraviral: sarampo, caxumba, rubéola, varicela, BCG: tuberculose; e vacina contra poliomielite.

Anelise informou que é necessário aumentar as coberturas vacinais. “Vacinas como a tríplice e tetraviral, conta poliomielite, pentavalente e BCG são disponilibilizadas gratuitamente pelo SUS. Em relação aos nossos desafios, existe a dificuldade de acesso às crianças e às famílias por questões territoriais e logísticas; acesso às vacinas por questões territoriais, logísticas e disponibilização pelos serviços de saúde; informações errôneas disseminadas sobre os efeitos da vacinação, como fake News; falta de conhecimento das famílias sobre a importância e benefícios da vacinação, entre outros”, destacou.

A Unicef informou que em quatro cafés específicos sobre BAV, estiveram presentes representante de 92 municípios, em um total de 453 pessoas participantes, entre secretários/ as de saúde, educação, comissões intersetoriais do Selo UNICEF, agentes comunitários de saúde, equipes de vacinação nos municípios.

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