Policiais federais prenderam duas pessoas, nessa quinta-feira (1º), durante operação realizada nos estados do Maranhão, Piauí e Ceará, suspeitas de integrarem uma quadrilha especializada no contrabando de cigarros e lavagem de dinheiro. 14 mandados de busca e apreensão também foram cumpridos.
De acordo com a PF, as investigações contra o grupo iniciaram em 2020, após a prisão de quatro pessoas pela Polícia Militar do Maranhão no município de Bequimão. Na ocasião, cinco mil carteiras de cigarros de origem estrangeira foram apreendidas.
Em abril do ano passado, a PF deflagrou a primeira fase da operação intitulada “Melicertes”, quando foram cumpridos quatro mandados de prisão e 11 de busca e apreensão, que resultaram na captura de vários documentos.
Conforme o órgão, todo material foi analisado e confirmou a participação dos presos, além de identificar mais membros da rede criminosa que tinha tarefas divididas e visava a obtenção de lucro com a venda de cigarros contrabandeados.
O grupo utilizava pistas e portos clandestinos na costa maranhense, para descarregar os produtos vindos do Suriname e Paraguai. Em seguida, caminhões do tipo baú eram abastecidos e distribuíam a carga na região e em outros estados do Nordeste. Todos os presos na segunda fase da operação, ocorrida ontem, segundo a PF, eram responsáveis pelo financeiro, a logística e a lavagem do dinheiro da organização criminosa. Dois deles tiveram seus ativos financeiros e bens de luxo bloqueados pela Justiça. Duas empresas, supostamente usadas para lavar dinheiro, também foram alvos do bloqueio. Caso sejam condenados, eles responderão pelos crimes de contrabando, organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem chegar a 23 anos de prisão