O coronel Nivaldo César Restivo da Polícia Militar de São Paulo, indicado por Flávio Dino para a Secretaria Nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça e Segurança Pública, desistiu nesta sexta-feira (23) de assumir o cargo. Esta é a segunda baixa de indicados à pasta na mesma semana, após o senador eleito recuar da indicação do nome de Edmar Moreira Camata para diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF)
Sua saída ocorre após desgaste com a equipe do gabinete de transição. O oficial teve participação indireta na ação policial do massacre do Carandiru, em 1992, que resultou na morte de 111 presos. À época, era tenente no Batalhão de Choque e responsável pelo suprimento do material logístico da tropa em ação.
Em nota divulgada à imprensa, o coronel da PM paulista falou da impossibilidade de conciliar a dedicação exclusiva ao cargo com o acompanhamento de questões familiares de natureza pessoal”. Mas agradeceu o convite ao futuro ministro Flávio Dino (PSB-MA).
Integrantes da área de segurança pública avaliam que o indulto concedido nesta sexta (23) por Jair Bolsonaro (PL) a policiais que estavam no massacre do Carandiru aumentou a pressão pela saída do coronel.
Assim que foi anunciada, a nomeação de Restivo incomodou especialistas da área da segurança pública e integrantes da transição.