Maranhão chega à marca dos 112 casos de Varíola dos Macacos

Maioria dos doentes está na Ilha de São Luís, com 74 pacientes confirmados.

Fonte: Luciene Vieira / Portal Butantan

O último boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que o Maranhão já tem 112 casos confirmados de varíola dos macacos (monkeypox). Ao todo, 74 registros ocorreram em São Luís, dez em São José de Ribamar, nove em Imperatriz, nove em Paço do Lumiar, três em Santa Inês, e um caso nas cidades de Arari, Bacabal, Chapadinha, Coelho Neto, Pindaré-Mirim e Timon.

Entre os casos confirmados, 110 são pacientes homens. Outras 41 ocorrências suspeitas estão sendo investigados. Desses, 26 são do sexo masculino e 15 são mulheres. Outros 309 casos foram descartados.

De todos os casos suspeitos, 32 são adultos, quatro são adolescentes, quatro são crianças e um idoso.

O Maranhão registrou o primeiro caso de varíola dos macacos no dia 10 de agosto de 2022, em São Luís, e desde então as autoridades monitoram o avanço da doença.

ÓBITO

Há um mês, foi confirmada a primeira morte por varíola dos macacos na cidade de Imperatriz. Trata-se de um paciente, de 37 anos, com comorbidades. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), esta foi o primeiro morte no Maranhão relacionado à doença.

ATENDIMENTO MÉDICO

Na região metropolitana de São Luís, as pessoas que apresentarem sintomas semelhantes à varíola dos macacos devem procurar as Unidades Básicas de Saúde, de gestão municipal, o Hospital Carlos Macieira e o Hospital da Ilha.

No interior do estado, além das UPAs, a população pode buscar atendimento nos seis hospitais macrorregionais.

TRANSMISSÃO

A varíola dos macacos é transmitida pelo monkeypox, vírus que pertence ao gênero orthopoxvirus da família Poxviridae, e é considerada uma zoonose viral (o vírus é transmitido aos seres humanos a partir de animais) com sintomas muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola, embora seja clinicamente menos grave.

O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, segundo a OMS. A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. E, segundo o órgão de saúde, a transmissão humano para humano está ocorrendo entre pessoas em contato físico próximo com casos sintomáticos.

SINTOMAS

A OMS descreve quadros diferentes de sintomas para casos suspeitos, prováveis e confirmados. Passa a ser considerado um caso suspeito qualquer pessoa, de qualquer idade, que apresente pústulas (bolhas) na pele de forma aguda e inexplicável e esteja em um país onde a varíola dos macacos não é endêmica. Se este quadro for acompanhado por dor de cabeça, início de febre acima de 38,5°C, linfonodos inchados, dores musculares e no corpo, dor nas costas e fraqueza profunda, é necessário fazer exame para confirmar ou descartar a doença.

TRATAMENTO E PREVENÇÃO

A varíola geralmente é autolimitada, ou seja, pode ser curada com o tempo e sem tratamento, mas pode ser grave em alguns indivíduos, como crianças, mulheres grávidas ou pessoas com imunossupressão devido a outras condições de saúde.

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