Classificado como transtorno de ansiedade, o ataque de pânico, explica o psiquiatra Ricardo Castilho da Silva, do Hospital Santa Paula, em São Paulo, é um mecanismo de defesa do corpo. “É quando temos a sensação de um ‘ataque iminente’ ao nosso ser. As crises de ansiedade seriam a defesa contra um possível ataque. O pânico seria um combate à sensação de agressão iminente”, esclarece.
Durante um ataque de pânico, o indivíduo tem várias sensações misturadas por um período breve. É, segundo o médico, um momento preocupante e extremamente amedrontador para o paciente.
Existem sintomas cognitivos e questões físicas para reconhecer uma crise, por exemplo:
- Taquicardia;
- Suor em excesso;
- Palpitações;
- Dificuldades de respirar;
- Desconforto abdominal;
- Tontura;
- Vertigem;
- Tremores;
- Formigamentos;
- A despersonalização, aquela sensação de que você está fora do próprio corpo;
- A desrealização, que ocorre em um pico extremo de ansiedade, quando começamos a duvidar da realidade;
- Sensação de que estamos vivendo em um filme;
- Sensações de “perder o controle” e de “morte iminente”.
Para ser considerado um ataque, o psiquiatra diz que o paciente precisaria estar sofrendo com pelo menos quatro desses sinais. Durante os minutos de agonia, Castilho recomenda a “respiração controlada”, que consiste em quatro segundos de inspiração, um segundo prendendo o ar e cinco de relaxamento.
“O ideal é sentir a barriga expandir, depois reverter o processo e soltar todo esse ar que foi inalado no processo”, ensina.
A técnica, de acordo com o especialista, ajuda o indivíduo a prevenir um processo de hiperventilação, que é o desequilíbrio da respiração. Outros métodos de relaxamento, como a meditação, também são úteis para reverter o quadro de ansiedade. O ideal é tentar tranquilizar o paciente.