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Mulher fica com bumbum necrosado após ‘lipo’

Fase de se recuperar da infecção que abriu buracos nas nádegas deve durar 4 meses.

Fonte: Redação / Rafael Oliveira

Uma técnica em enfermagem teve parte do bumbum necrosado após um procedimento estético, feito em Goiânia, no dia 13 de dezembro de 2021. A lipoescultura de Joana Montel, de 30 anos, foi realizada pela cirurgiã plástica Lorena Duarte Rosique, que retirou uma parte da gordura das pernas e colocou nas nádegas da paciente.

Joana relatou que não consegue dormir por causa de fortes dores que sente no corpo, principalmente nas pernas e costas. A técnica está sem poder andar até por médias distâncias, e fica o dia inteiro deitada de bruços na cama, só levanta para tomar banho. Essa fase faz parte do tratamento para curar a infecção que abriu buracos no bumbum dela e deve perdurar por 4 meses.

“Eu não consigo dormir de tanta dor. Acordo a noite inteira chorando porque o corpo dói. Se eu me viro de lado, minhas pernas doem e preciso voltar a ficar de bruços. Tomo antibióticos, antiinflamatórios e analgésicos fortes. Consigo cochilar por alguns minutos”, desabafou a técnica.

Joana Montel, de 30 anos, explicou que fez uma lipoescultura no bumbum com a médica Lorena Duarte Rosique, que evoluiu para uma infecção. Ela registrou boletim de ocorrência na polícia pedindo investigação por lesão corporal.

“Eu não me imaginava assim. Dói, incomoda. Tenho uma filha de 3 anos, que me pede colo e não posso dar. Destruiu meus sonhos”, desabafou a técnica.

Em seguida ao procedimento, Joana disse que sentiu muitas dores e febre alta. Assim, foi parar no hospital, onde ficou internada entre os dias 25 e 30 de dezembro. Na unidade médica, ela passou por uma drenagem de emergência para retirar o pus que estava no bumbum.

Além da Joana, mais três pacientes submetidas a cirurgias estéticas pela mesma médica relataram intercorrências durante o pós-operatório e que ficaram com deformidades pelo corpo.

A cirurgiã teve o registro de médica (CRM) interditado pelo Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego), em fevereiro do ano passado, após denúncias de pacientes que também tiveram cirurgias malsucedidas, mas o registro foi reativado um mês depois pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e ela voltou a operar.

A defesa da médica Lorena Rosique disse em nota que Joana estava sujeita a intercorrências ao fazer o procedimento, como em qualquer caso de intervenção cirúrgica. “Os riscos são devidamente aceitos pela paciente em assinatura de contrato”, diz trecho da nota.

No site do Tribunal de Justiça de Goiás há pelo menos 18 processos tramitando contra a médica, a maioria sob sigilo.

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