Menos de 24 depois de o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ter determinado a desocupação das áreas em frente aos quarteis do Exército, em todo o Brasil, o acampamento montado em frente quartel do 24º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), em São Luís, foi desmontado. No local, agora uma viatura da Polícia Militar faz guarnição na área a fim de evitar a volta dos manifestantes.
O acampamento, na Praça Duque de Caxias, no bairro do João Paulo, foi instalado, assim como em diversas outras cidades do país, dia 31 de outubro, após o anúncio do resultado da eleição, com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A expectativa dos manifestantes era uma possível reviravolta, com intervenção do Exército. Alguns mais exaltados exigiam até a interrupção da ordem democrática, para instalação de um regime de exceção.
Foram setenta dias de acampamento, até que neste domingo (08) os protestos ganharam grande dimensão, com invasão das sedes dos três poderes, em Brasília (DF), o que exigiu uma tomada de medida contra esse tipo de manifestação.
Mais de 1,5 mil pessoas foram presas, na capital federal, e nibus que fizeram o transporte de agitadores, apreendidos. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, foi afastado e o ministro Alexandre de Moraes determinou a imediata desmontagem dos acampamentos.
Na praça onde os manifestantes se concentravam em São Luís ficaram para trás algumas caixas de papelão, com faixas, bandeiras e uma caixa de isopor, onde eram conservados alimentos e bebidas, alguma mobília precária de plástico e tijolos.
O governador Carlos Brandão (PSB) disse, nesta segunda-feira (09), antes do encontro com o presidente Lula, em Brasília, que tão logo fosse comunicado oficialmente da decisão do ministro do STF, deslocaria a Polícia Militar para o local.
“O acampamento que estava formado em frente ao 24° BIS já não existe mais, em cumprimento à decisão do STF. Seguimos monitorando toda e qualquer atividade antidemocrática no Maranhão e não permitiremos que atos como os que aconteceram em Brasília sejam disseminados pelos estados”, publicou o governador em sua sredes sociais.