O aplicativo de mobilidade 99, controlado pela gigante chinesa DiDi Chuxing, iniciou nesta semana uma onda de demissões, pouco mais de três meses após ter feito uma série de cortes. A empresa sediada em São Paulo confirma o fato, mas não revela o número de funcionários demitidos. Segundo fontes do setor, são dezenas de afastados.
Na rede social LinkedIn, funcionários recém-demitidos fizeram posts de agradecimento à empresa e lamentaram os cortes. Há demitidos, por exemplo, nas áreas de vendas e de experiência do consumidor.
No último ano, o 99 fez uma série de reestruturações em seu quadro de funcionários. Segundo a CPI dos aplicativos da Câmara Municipal de São Paulo, são 363 mil carros registrados para transporte de passageiros na companhia, que emprega aproximadamente 900 colaboradores.
Uma planilha colaborativa feita para auxiliar demitidos da empresa em setembro a se recolocarem no mercado tem 74 nomes. Na lista, há profissionais que atuaram em áreas como segurança digital, mídias sociais e prevenção a fraudes na companhia.
O aplicativo 99 afirmou em nota que o corte é uma “reorganização interna” e cita no texto a “conjuntura macroeconômica”.
“Para seguir democratizando nossos serviços, incluindo soluções de pagamento digital com a 99Pay, realizamos avaliações extensas da nossa alocação de recursos em todas as linhas de negócio. Como resultado deste e de outros fatores operacionais, tomamos a difícil decisão de conduzir uma reorganização interna. Infelizmente, tivemos que nos despedir de um grupo de funcionários esta semana, aos quais somos extremamente gratos por suas contribuições”, diz o texto.
“Sabendo que a conjuntura macroeconômica também impacta diretamente nossos usuários e parceiros, reafirmamos nosso compromisso em continuar oferecendo serviços mais acessíveis aos mais de 20 milhões de usuários ativos, gerando valor para todo o ecossistema que apoiamos”, afirma a nota.