Mulheres quebram barreiras e atuam em funções estratégicas da aviação

Thayse Zingra, analista de operações no Aeroporto de São Luís, é exemplo de que a mulher pode ocupar o espaço que quiser.

Fonte: Redação / Assessoria

As mulheres têm ocupado cada vez mais espaço no mercado de trabalho e exercido funções antes reservadas apenas para homens. Mesmo com muitas barreiras ainda por serem quebradas, hoje, elas atuam não só no ar, propiciando boa experiência aos passageiros a bordo de uma aeronave, mas, também, em solo, executando tarefas indispensáveis para uma operação de sucesso.

Thayse Zingra, de 36 anos, é analista de operações no Aeroporto Internacional de São Luís, administrado pela CCR Aeroportos, e um exemplo de entusiasta dos direitos femininos, pelos quais ela batalha desde a adolescência, quando se viu parte de um núcleo familiar que, por força do destino, passou a ser chefiado apenas por mulheres.

“Venho de uma família de mulheres fortes, mulheres que aprenderam desde cedo que a vida não é fácil”, respondeu, ao ser questionada sobre suas raízes, que lhes dão força para a quebra de barreiras e conquistas diárias.

Além da percepção feminina de vida com que lidou desde muito cedo, a analista de operações do aeroporto da capital maranhense conta, ainda, que seu avô, falecido há mais de uma década, exerceu papel fundamental sobre o que ela viria a conquistar anos mais tarde.

“Comecei a trabalhar com apenas 13 anos de idade e aos 19 tive uma das perdas mais difíceis da minha vida: meu avô, meu maior incentivador. Com ele aprendi que podia ser o que quisesse e que meu lugar era onde eu quisesse”. E assim ela fez acontecer, impulsionada pelas responsabilidades que assumiu logo após o episódio.

RESISTÊNCIA

Graduada em Administração, Thayse Zingra lembrou que, no início da carreira, há 12 anos, teve sua capacidade colocada em xeque por diversas vezes. Nenhuma delas, no entanto, a intimidou ou foi motivo para desistência. Obstinada, ela afirmou ter resistido todas as vezes que se deparou com a rejeição de colegas homens pelo simples fato de ser mulher.

“Hoje, não percebo resistência, mas já tive. Como a aviação ainda é um ambiente muito masculino, minha experiência já foi colocada à prova”, relatou.

Atualmente, Thayse exerce uma das funções mais desafiadoras da área de operações aeroportuárias e suas atividades compreendem, entre outras atribuições, a satisfação de passageiros para a manutenção dos índices de qualidade não só do Aeroporto Internacional de São Luís, mas de todos os outros que compõem o Bloco Central: de Imperatriz (MA), Teresina (PI), Petrolina (PE), Palmas (TO) e Goiânia (GO).

É missão dela, ainda, o estabelecimento das tratativas com as companhias aéreas visando a proposição de melhorias nos fluxos e implantação de novas ideias.

Desafios

Além das demandas profissionais pelas quais tanto lutou e que a deixam realizada, Zingra também se divide hoje para dar atenção a um outro grande desafio: a maternidade. Há apenas dois anos, ela se tornou mãe e ganhou um objetivo a mais para resistir.

“Não é fácil conciliar casa, trabalho e filho. Tem sido bastante desafiador voltar para o mercado de trabalho depois da maternidade, mas está sendo uma experiência incrível. Quero que meu filho tenha orgulho de mim não só como mãe, mas como uma profissional reconhecida pelo amor à aviação”.

Mais que orgulho para o filho, outro grande objetivo é ser, ainda, um exemplo para todas as meninas e mulheres que sonham em trabalhar com aviação. “Desejo que elas saibam que são capazes de ser o que elas quiserem, independentemente do que as pessoas falem”, finaliza Thayse Zingra.

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