18 casos confirmados de meningite em todo o estado estão sendo monitorados pelo Governo do Maranhão. São Luís apresenta nove registros, destes, quatro são de meningite viral.
Como a doença se apresenta de forma sazonal, neste período de chuva espera-se o acréscimo de casos, frisou a gestão estadual. Desta forma, a Secretaria de Estado da Saúde informou que trabalha com alertas considerando esse período, além de realizar capacitação e orientação, junto aos municípios, quanto a notificação, identificação e manejo clínico das meningites.
Quando é notificado no Sinan um caso suspeito, a equipe técnica faz o monitoramento e acompanhamento até a finalização da situação.
Em caso de internação do paciente, as visitas são realizadas na unidade hospitalar, onde as condutas são repassadas tanto para a família como para a equipe técnica. Em situações onde a pessoa permanece em casa, as visitas são domiciliares com orientações para a família.
A secretária adjunta de Atenção Primária à Saúde, Déborah Campos, explicou que o Estado atua de acordo com o planejamento realizado com base na série histórica que apresenta os locais com maior incidência da doença.
“O monitoramento ao longo do ano permite que a SES faça seu planejamento, que vai desde a capacitação das equipes ao longo do ano até o acompanhamento junto com os municípios, a partir da suspeição. É importante deixar claro que atuamos o tempo todo e não só com a confirmação dos casos”, afirmou a secretária adjunta.
De acordo com a SES, foi esse planejamento que permitiu uma resposta rápida nos casos registrados em São Luís, como do aluno de 11 anos, de uma escola da capital, diagnosticado com meningite viral.
Em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) de São Luís, foram realizadas visitas técnicas e orientações junto à escola e ao hospital. Uma das recomendações foi a suspensão das aulas, como forma de minimizar os impactos e disseminação da doença.
Até o momento, nenhum outro caso foi reportado pela comunidade escolar ou família.
“A meningite é a inflamação das membranas que revestem o Sistema Nervoso Central. Ela pode ser causada por vírus, bactérias, fungos ou parasitas. Felizmente, as principais causas são virais, forma mais leve da doença, benigna e sem complicação”, explicou o infectologista Eudes Simões.
O infectologista detalha que a principal forma de transmissão é por gotícula área e, portanto, a melhor forma de prevenção é a utilização de máscara pelas pessoas com suspeita e por seus acompanhantes.
Vacinação
É importante ressaltar que as vacinas meningocócica C e a vacina ACWY – contra a meningite bacteriana, forma mais grave da doença, estão disponíveis para crianças e adolescentes no Calendário Nacional de Vacinação e podem ser facilmente acessadas nos postos de saúde de forma gratuita.