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Maranhão registra mais de 11 mil mortes por Covid-19 em três anos de pandemia

Entre as vítimas do novo coronavírus estão nomes conhecidos da imprensa maranhense, como o radialista Roberto Fernandes.

Fonte: Luciene Vieira

O Maranhão registrou mais de 11 mil mortes relacionadas à pandemia nos últimos três anos, desde que o coronavírus apareceu no estado até os tempos atuais. O balanço foi obtido por meio dos boletins divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), que indica a dimensão do surto.

Um total de 11.038 mortes relacionadas à Covid foram registradas entre março de 2020 e esta semana de março de 2023, segundo os boletins epidemiológicos da SES. O número, contudo, pode subestimar o cenário real, já que não inclui quem morreu fora de hospitais.

Em 2020, foram 4.872 mortes. Em 2021, 5.592 pessoas morreram. Em 2022, houve 567 mortes. Em 2023, sete mortes já foram registradas. Também, a Secretaria de Estado de Saúde confirmou 489.165 casos de infectados, desde o começo da pandemia.

Os dados da SES incluem também que, segundo o boletim mais recente, neste ano já houve 1.083 casos confirmados de coronavírus, 999 pessoas curadas, e sete mortes. Houve seis casos confirmados nas últimas 24 horas, duas pessoas curadas e zero óbitos.

PERDAS DA IMPPRENSA PARA A COVID-19

Nos três anos de pandemia, o Maranhão perdeu diversas pessoas de grande expressão em todo o estado, com atuação em diversos setores da sociedade, a exemplo da imprensa.

Levantamento do Jornal Pequeno, feito em meados de 2021, já apontava a morte de 13 profissionais da imprensa maranhense, causadas pela covid-19.

Em 2021, a imprensa maranhense perdeu o radialista Roberto Fernandes. Ele morreu no dia 21 de janeiro, por complicações causadas pelo coronavírus. Ele chegou a ficar quase um mês internado no hospital UDI, em São Luís, com um quadro de pneumonia. O jornalista tinha 61 anos e era natural de Vitória de Santo Antão, município localizado em Pernambuco.

Roberto Fernandes era formado em jornalismo pela Universidade Federal do Maranhão (Ufma) e teve passagens pela Rádio São Luís AM, TV Brasil e Rádio Educadora AM. Por 20 nos, comandou o programa Ponto Final, na Rádio Mirante AM, e também era apresentador do quadro de política do Bom Dia Mirante.

Outra perda imensurável foi a do jornalista Ronald Damasceno, falecido no dia 13 de maio de 2021, também consequência da Covid-19. Ele foi diretor executivo do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Regional dos Lagos Maranhenses, Conlagos, onde prestou relevantes serviços.

Formado na Universidade Federal do Maranhão, na turma de jornalismo de 1986, ele atuou em defesa dos municípios da baixada maranhense como técnico.

Morreu também o radialista Juarez Sousa, 58, que trabalhava na rádio Educadora; o ex-cinegrafista Conrado Neto Santos; o vereador e jornalista João Batista Matos, que era natural de São Luís, e trabalhou nos jornais “O Estado do Maranhão”, “O Imparcial” e nas emissoras de rádio FM Esperança e Mirante AM; e o jornalista Ruben Mukama, 53, que faleceu após ter lutado por 15 dias contra a Covid-19. Todos eles morreram também em 2021.

Naquele mesmo ano, no dia 29 de março, a jornalista e colunista social Rosenira Alves, 60, morreu em decorrência de complicações causadas pela Covid-19.

Rosenira ficou internada por duas semanas em um hospital de São Luís. Ela era colunista do Jornal Pequeno, e teve passagens pela Assembleia Legislativa do Maranhão (Alema) e Câmara Municipal de São Luís.

Também em março deste ano, morreu o jornalista Maycon Rangel Abreu Ferreira que fazia parte da assessoria de comunicação do Instituto Federal do Maranhão (Ifma). Houve ainda a morte do tradicional jornalista esportivo do Maranhão, Alfredo Menezes, aos 72 anos. Menezes não resistiu a complicações causadas pela Covid-19.

No dia 12 de junho, faleceu o radialista Rubinho Jonnes, de 57 anos, no Hospital Guarás, onde estava internado desde o começo do mês, tendo sido intubado no dia 4.

E, morreu também o radialista Carlos Henrique Cavalcante, o Galinho. Ele chegou a ficar vários dias internado em estado grave no Hospital do Servidor, lutando contra a doença, mas não resistiu.

Carlos Henrique Cavalcante apresentava o “Programa do Galinho”, na Rádio Educadora Rural do Maranhão, desde o ano de 1966, data de fundação da emissora.

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