O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Maranhão, deu apoio ao Ministério Público de Minas Gerais na realização da Operação Vicário, destinada a reprimir crimes de organização criminosa, furto, roubo e adulteração de sinais identificadores de veículos, além de crimes contra a fé pública, estelionato e lavagem de dinheiro.
A operação buscou cumprir 10 mandados de prisão preventiva e 30 mandados de busca e apreensão. Além de cinco municípios mineiros, foram cumpridos mandados em São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, além do Maranhão, onde foram cumpridos mandados em São Luís e Presidente Dutra.
De acordo com o Ministério Público, a organização criminosa com articulação interestadual é dedicada à subtração de veículos de luxo com emprego de equipamentos eletrônicos para a codificação de chaves e partida dos motores; posterior clonagem, mediante adulteração da numeração do chassi e de outros sinais identificadores, replicação de placas e transplante de documentos de registro; e, finalmente, a destinação econômica dos dublês com táticas para dificultar o rastreio documental, despistar o rastreio físico do veículo e conferir aparência lícita nas transações comerciais simuladas.
Uma particularidade da atuação desse grupo, conforme o MP, foi o superdimensionamento de seus ganhos com a evolução do modus operandi padrão, consistente em subtrair, esquentar e vender veículos no mercado clandestino, para modalidade criminosa bem mais lucrativa, consistente na venda de parte dos veículos clonados por preço de mercado, enganando consumidores de boa-fé.
Até o momento, foram identificados pelo menos oito veículos subtraídos, avaliados em R$ 2,3 milhões.
Foram apurados os seguintes crimes:
Um de roubo, sete de furto, três de adulteração de sinal identificador de veículo automotor, três de lavagem de dinheiro e uma receptação qualificada;
Dois crimes de uso de documento público falsificado, três de falsidade ideológica, um de falsificação de documento público e dois de estelionato;
Crime de organização criminosa.
Participaram das diligências 11 Promotores de Justiça, nove servidores do Ministério Público, 114 policiais militares e 26 policiais civis. As investigações prosseguem.