O Governo do Maranhão anunciou que vai apresenta, esta semana, ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) o projeto de recuperação do trecho desabado do muro no acesso à Avenida Pedro II, no Centro Histórico de São Luís. O desabamento ocorreu em março decorrente das chuvas intensas. A previsão é que a recuperação seja concluída em 60 dias.
O desabamento ocorreu na madrugada de 22 de março. Neste período foi realizado um diagnóstico da área para entender os problemas que levaram ao desabamento.
“Estamos falando de uma obra feita séculos atrás com pedra de mão, óleo de baleia e cal, que era a tecnologia construtiva da época. Além disso, a quantidade de chuva que caiu no local no dia do desabamento foi muito superior ao que os dispositivos de drenagem do entorno conseguem suportar. Esses fatores facilitaram a erosão e queda de parte do muro”, explicou Fabiano da Silva Junqueira Ayres, secretário-adjunto de Gestão Civil da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Sinfra).
Com o fim do diagnóstico as equipes técnicas do Governo do Estado elaboraram um projeto de recuperação do trecho desabado, concluído no dia 4 deste mês.
Como o muro fica localizado no conjunto urbano de São Luís tombado pelo Iphan, a instituição precisa aprovar o projeto para execução.
O Centro Histórico de São Luís, região onde o muro está localizado, foi tombado pelo Iphan em 1974, e reconhecido como Patrimônio Cultural Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1997.
“Nós vamos apresentar ainda esta semana, ao Iphan, o projeto de recuperação da área. Estamos propondo duas soluções para a reconstrução do trecho do muro que erodiu. Respeitando as características históricas originais nós fizemos o recolhimento das pedras no dia do desabamento e vamos reutilizá-las no novo revestimento”, informou Fabiano da Silva Junqueira Ayres.
Segundo o secretário-adjunto de Gestão Civil da Sinfra, a Superintendência do Iphan no Maranhão deve levar cerca de 20 dias para analisar e aprovar o projeto. Somente após esta etapa é que as obras poderão ser iniciadas.
Somando o tempo necessário para a análise e aprovação do projeto e execução da obra, a estimativa é que o trecho seja liberado novamente em 60 dias.
“Sabemos que a região tem tráfego intenso de veículos e que a interdição causa transtornos, mas a nossa prioridade é garantir a absoluta segurança de todos que frequentam o local, por isso, estamos trabalhando com este prazo”, afirmou Fabiano da Silva Junqueira Ayres.
Parte do muro erodiu após as fortes chuvas que ocorreram em São Luís ao longo da semana e se intensificaram durante a madrugada do dia 22 de março.