No início da noite de sexta-feira (21), uma menina de dez anos, identificada como Geovana Pereira Sousa, foi atingida por uma bala perdida, na altura do peito, na Vila Magril – comunidade da zona rural de São Luís. A ocorrência foi registrada durante uma manifestação de moradores, motivada pela morte de um jovem, que teria sido retirado de sua casa e esquartejado.
Segundo informações obtidas pelo Jornal Pequeno, o protesto acontecia na avenida principal da Vila Magril, quando, em determinado momento, um homem a bordo de uma caminhonete efetuou disparos em direção aos manifestantes. Houve correria, e a menina acabou sendo alvejada por um dos tiros.
Geovana Pereira Sousa, ainda conforme o que foi apurado pelo JP, foi socorrida por populares e levada ao Hospital Municipal Dr. Clementino Moura, o Socorrão 2, onde teria dado entrada pouco depois das 20h.
Em seguida, a vítima foi transferida para o Hospital Municipal Dr. Djalma Marques, o Socorrão 1, onde passou por cirurgia e segue internada, apresentando quadro de saúde estável e respirando sem ajuda de aparelhos.
Após o registro do fato, as guarnições, que já estavam na Vila Magril, devido à manifestação, realizaram buscas na região, na tentativa de localizar o autor dos disparos, mas não obtiveram sucesso.
JOVEM ESQUARTEJADO
A manifestação, que ocorria no momento em que Geovana Sousa foi baleada, teve como motivação o suposto esquartejamento de um jovem, identificado apenas como Tiago, de 20 anos. Ele é suspeito de participação no assassinato do adolescente Wemerson Matheus Ferreira Fonseca, 17, durante um assalto ao ônibus que faz linha para o Residencial Tajaçoaba, na noite do dia 7 deste mês.
De acordo com informações obtidas, homens em um veículo Gol, de cor preta, se identificando como sendo do extinto “Serviço Velado”, da Polícia Militar, foram até a residência do jovem, procurando por ele. Os suspeitos teriam dito para que a mãe de Tiago se dirigisse até a delegacia da área. A mulher se deslocou até o distrito policial, mas não teve notícias do filho e retornou para sua residência.
Horas depois, ela recebeu fotos em seu celular, que mostravam Tiago, morto e esquartejado na região do Tajaçoaba. Porém, até o momento, o corpo do jovem não foi localizado, e pode ter sido enterrado em alguma área de mato, motivo pelo qual até então a ocorrência está registrada somente como desaparecimento.
A Polícia Civil, por meio da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), segue investigando o caso.