A Câmara Municipal de São Luís convocou os secretários Joel Nunes, da Saúde, e David Del Debella, da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp), para prestarem esclarecimentos acerca do Hospital da Criança.
Na segunda-feira (17), uma criança indígena de 10 meses, procedente de Zé Doca, morreu em São Luís depois de ter sido negado seu atendimento nesse hospital, que pertence à rede municipal de saúde.
Além desta convocação, os integrantes da Comissão de Saúde da Câmara se mobilizam para visitar a Secretaria Municipal de Saúde, a fim de conversar com o secretário Joel Nunes. Ofício nesse sentido já foi protocolado pelo vereador Umbelino Júnior, do Partido Liberal.
A sessão com os secretários municipais de Eduardo Braide está marcada para as 9h da próxima terça-feira (25).
Entenda o caso
Um bebê indígena de dez mese morreu na UPA do Aracagi, na última segunda-feira, 17, depois de seu atendimento ser recusado no Hospital da Criança, administrado pela Prefeitura de São Luís. A criança havia sido encaminhada do município de Zé Doca, a 313 km da capital, com um quadro de pneumonia e anemia grave.
A criança indígena teve atendimento negado no Hospital da Criança Dr. Odorico Amaral de Mattos, em São Luís. A família, em último recurso, levou para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Araçagi, na Região Metropolitana da capital, onde o bebê já chegou sem vida.
Assim que chegou em São Luís, procedente de Zé Doca, a família do bebê procurou por atendimento nas UPAs do Vinhais e Vila Luizão, e, por último, na unidade do Araçagi, depois de ter o atendimento negado no Hospital da Criança, sob alegação de falta de leito.
A criança era da etnia Ka´apor, território de povos tradicionais na região de Nova Olinda do Maranhão.