Comissão aprova PL que acaba com penas alternativas para crimes contra mulheres

CCJ do Senado aprovou dois projetos relatados por Eliziane Gama que ampliam os direitos das mulheres vítimas da violência doméstica.

Fonte: Da Assessoria

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou, nesta quarta-feira (26), dois projetos de lei relatados pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA) que ampliam os direitos das mulheres vítimas da violência doméstica. O PL 3257/2019 altera a Lei Maria da Penha para incluir como causa de afastamento do agressor do lar a violência psicológica, moral ou patrimonial contra a mulher.

Já o PL 2757/2019 impossibilita a aplicação de penas alternativas para os crimes praticados com violência ou grave ameaça em contexto de violência doméstica e familiar contra a mulher.

“Não obstante os avanços na legislação e nas políticas de proteção à mulher nos últimos anos, além da atuação rigorosa do Poder Judiciário, se faz necessário avançar ainda mais, de modo a reverter essa tendência de recrudescimento nos casos de violência doméstica”, afirma Eliziane Gama.

De autoria da senadora Zenaide Maia (PSD-RN), a matéria que também modifica a Lei Maria da Penha será encaminhada para votação na Câmara dos Deputados se não houver apresentação de recurso para votação em plenário.

“Essa é uma medida que se compatibiliza com outra regra já prevista na Lei Maria da Penha, que o PL pretende alterar, a qual veda a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa”, explica Eliziane Gama, ao defender a medida.

Afastamento de agressor do lar

O relatório do PL 3257/2019 foi aprovado pela CCJ com uma emenda da parlamentar maranhense que acrescenta ao texto a violência sexual como motivo de risco à mulher para o afastamento de agressor.

“De forma inexplicável, a violência sexual, não constava no texto. Não há razão para essa exclusão, motivo pelo qual propomos uma emenda ao texto da proposição, preconizando que todas as formas de violência contra a mulher, se graves e fundadas, possam indicar, de imediato, aos agentes da persecução penal a adoção de tão importante medida protetiva de urgência”, justificou Eliziane Gama.

Por ser terminativo nas comissões, o PL segue para a Câmara se não houver apresentação de recurso para votação em plenário.

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