Idosa tem morte encefálica após cirurgia de lifting facial

Vera Lúcia Beça Moutinho, de 68 anos, fez um procedimento na última quinta-feira, no Hospital da Plástica.

Fonte: Com informações de O Globo

Uma idosa está com morte encefálica declarada após procedimento estético em uma clínica de Botafogo, Zona Sul do Rio, na última quinta-feira, 18. Vera Lúcia Beça Moutinho, de 68 anos, fez uma intervenção chamada lifting facial no Hospital da Plástica, mas sofreu diversas complicações após a cirurgia.

Vera Lúcia precisou ser transferida para o Hospital Badim, na Tijuca, Zona Norte, onde está internada. No último sábado, 20, a família foi informada sobre a falta de oxigenação no cérebro, e agora os parentes afirmam que vão lutar por justiça.

A idosa Vera Lúcia Beça Moutinho, de 68 anos, faleceu após procedimento facial (Foto: Reprodução)

Segundo o Hospital da Plástica, a “paciente já estava no quarto se recuperando quando foi verificado um hematoma na face”. No entanto, ao ser “levada ao centro cirúrgico para reversão do trauma, ela sofreu uma parada cardiorrespiratória” e a própria equipe médica reverteu o quadro. Com a piora de Vera Lúcia, no entanto, ela foi transferida de unidade.

Irmão de Vera, Carlos Moutinho afirmou que ela já havia feito a mesma cirurgia há seis meses, mas não gostou do resultado. Por isso, voltou ao mesmo hospital para realizar o lifting novamente.

“A médica relatou que a cirurgia foi bem sucedida. Depois, ela foi pro quarto normalmente, mas o rosto começou a inchar. Levaram ela para realizar uma drenagem e ela foi sedada. Nessa sedação, ela teve uma parada respiratória. Eles conseguiram trazê-la de volta, mas ela teve de novo. Daí, como no Hospital da Plástica não há CTI, transferiram minha irmã para outro. Ela entrou andando, vai sair num caixão”, lamentou Carlos Moutinho.

O irmão cogita processar a clínica pela morte da irmã que, de acordo com ele, era uma pessoa “perfeita de saúde”.

“A informação que tenho é que uma médica residente realizou a cirurgia. Uma estudante que não tem experiência. A palavra que eles usam é fatalidade. Mas numa cirurgia de rosto?”, questiona.

A família da idosa foi chamada no hospital na tarde deste domingo e alega que não autorizará o desligamento dos aparelhos por enquanto.

Confira na íntegra a nota do Hospital da Plástica:

O Hospital da Plástica, instituição que há mais de 50 anos atua no mercado de cirurgias e intervenções reparadoras no Rio de Janeiro, lamenta profundamente a morte da paciente Vera Lúcia Beça Moutinho, do ambulatório.

Após ser submetida a um lifting face na última quinta-feira, a paciente já estava no quarto se recuperando quando foi verificado um hematoma na face. Levada ao centro cirúrgico para reversão do trauma, ela sofreu uma parada cardiorrespiratória, com a própria equipe médica revertendo o quadro. Mas, diante da piora, optou-se, com a concordância de familiares, pela remoção da paciente para o Hospital Badim, na Tijuca, onde ela veio a falecer.

Ao mesmo tempo em que reforça ter realizado todos os procedimentos necessários para resguardar a segurança da paciente, o Hospital da Plástica se coloca à disposição para esclarecer todas as circunstâncias em que transcorreu a citada cirurgia plástica. Assegurando, também, que atua em obediência aos mais rigorosos critérios estabelecidos pelos órgãos de controle para o adequado funcionamento de uma unidade hospitalar, inclusive com todos os equipamentos requeridos, incluindo respiradores.

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