O Ministério da Agricultura e Pecuária decretou, na noite desta segunda-feira, estado de emergência zoosanitária, após a descoberta de novos casos de infecção pelo vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) no país. A duração do estado de emergência é de 180 dias, podendo ser prorrogado por prazo indeterminado.
No sábado, foram confirmadas mais duas ocorrências da doença, elevando o número de casos em aves silvestre para cinco. Não há registro em humanos. Os primeiros casos foram registrados no Espírito Santo, e novas ocorrências aconteceram no Estado do Rio.
Segundo informou o ministério, será criado o comitê de Organização de Emergência que vai funcionar no ministério com o objetivo de concentrar esforços entre todos os entes da federação para aumentar a vigilância.
Feiras proibidas
A pasta já tinha proibido a realização de feiras de exposição de aves, diante do surgimento casos. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que nada muda para o consumidor de carne de aves, como frango e peru.
A principal recomendação para a população é evitar manipular alguma ave morta e chamar as autoridades competentes.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), destacou em nota que os focos identificados são de aves silvestres, e a descoberta dos casos da doença não deve afetar as exportações:
“O Brasil segue reconhecido como livre da enfermidade perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), já que a produção comercial segue sem qualquer registro”, diz a entidade, acrescentando que as autoridades brasileiras devem prestar o devido esclarecimento aos países importadores.
“Também não há qualquer risco ao abastecimento de produtos, ao mesmo tempo em que a ABPA lembra que, segundo todos os órgãos de saúde internacionais, não há qualquer risco no consumo dos produtos”, diz a ABPA.