Jogador envolvido em manipulação de resultados é banido do futebol

Ex-jogador do Vila Nova foi primeiro julgado por envolvimento no esquema de apostas investigado na operação Penalidade Máxima.

Fonte: Com informações do GE

O volante Romário, ex-jogador do Vila Nova-GO, foi banido do futebol por decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Ele é acusado de participação no esquema de manipulação de resultados investigado pela Operação Penalida Máxima, do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO). Além disso, ele terá que pagar uma multa no valor de R$ 25 mil.

Romário foi banido do futebol por envolvimento em esquema de apostas (Foto: Roberto Corrêa/Vila Nova)

Outro ex-atleta do Vila Nova, o meia Gabriel Domingos, também foi condenado. Ele recebeu suspensão de 720 dias e terá de pagar uma multa de R$ 15 mil.

Os dois são os primeiros atletas julgados e punidos por elo com os esquema de manipulação. O julgamento ocorreu nesta segunda-feira, 29, na sede do STJD. Cabe recurso nos dois casos.

Somente o auditor Sérgio Henrique Coelho Furtado acompanhou o voto na íntegra. Os outros, Ramon Rocha Santos e José Maria Philomeno, além do presidente Alcino Guedes, reduziram apenas os valores das multas – R$ 25 mil e R$ 15 mil.

A investigação apontou que Romário era o pivô do esquema. Ele recebeu dinheiro dos apostadores para cometer um pênalti, mas não foi relacionado para o jogo. Diante disso, passou a procurar outros atletas para participarem da fraude.

Tanto Romário como Gabriel são réus na justiça. Quando a operação foi deflagrada, em 14 de fevereiro, a informação inicial era de que Domingos teria apenas emprestado a conta bancária utilizada no repasse do dinheiro. Porém, o MP-GO afirmou ter concluído, com o aprofundamento das investigações, que o atleta tem envolvimento maior no caso. Ambos tiveram seus contratos rescindidos com o Vila Nova.

Operação Penalidade Máxima

A primeira fase da operação Penalidade Máxima terminou com 14 denunciados, sendo oito jogadores. Além de Romário e Gabriel Domingos, os outros seis atletas denunciados foram: Joseph (Tombense) e cinco jogadores que estavam no Sampaio Corrêa: Mateusinho, Allan Godói, André Queixo, Ygor Catatau e Paulo Sérgio.

A aposta consistia na marcação de pênaltis no primeiro tempo de três jogos da última rodada da Série B: Vila Nova x Sport, Criciúma x Tombense e Sampaio Corrêa x Londrina. Os jogadores envolvidos no esquema ganhariam R$ 150 mil cada, sendo R$ 10 mil adiantado e R$ 140 mil após o jogo.

Houve pênaltis marcados nos jogos de Tombense e de Sampaio Corrêa, mas como Romário não foi escalado, não houve pênalti na partida entre Vila Nova e Sport, o que derrubou a aposta. Em entrevista ao ge, Romário admitiu que errou ao aceitar o dinheiro dos apostadores, mas disse que nunca forçou cartões ou cometeu faltas de propósito com base em apostas.

Já a segunda fase da operação penalidade máxima, desencadeada no mês passado, terminou com a denúncia de 15 pessoas, sendo sete jogadores: Eduardo Bauermann (Santos), Gabriel Tota (Ypiranga-RS), Victor Ramos (Chapecoense), Igor Cariús (Sport), Paulo Miranda (Náutico), Fernando Neto (São Bernardo) e Matheus Gomes (Sergipe).

Os apostadores e membros da organização denunciados são Bruno Lopez de Moura, Ícaro Fernando Calixto, Luís Felipe Rodrigues, Victor Yamasaki Fernandes, Zildo Peixoto Neto, Thiago Chambó Andrade, Romário Hugo do Santos, William de Oliveira Souza e Pedro Gama dos Santos Júnior.

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