De forma inédita, em 83 anos de existência, a Festa de São Pedro começou mais cedo, na noite dessa terça-feira, 20, na Madre de Deus, com a apresentação de brincadeiras do período junino, no largo da Capela do Santo Padroeiro dos Pescadores de outros marítimos, o que acontecerá em toda a novena (nove noites de reza).
Além da santa missa, às 19 horas, as atrações foram: dança portuguesa Império de Lisboa (às 20h), Grupo Piaçaba (às 21h) e Bumba-meu-boi de São Simão (sotaque de orquestra ou de Rosário), às 22h.
Com um arraial, dentre os mais extensos, no Largo da Capela de São Pedro, mais dias de funcionamento foi sempre uma das lutas em prol da cultura maranhense, levantada pelo jornalista, poeta, prosador e folclorista Herbert de Jesus Santos (Betinho), nascido na Madre de Deus.
Betinho enfatizou que ele que é filho de um dos pescadores que, em 1940, criaram a Festa de São Pedro, Felipe Nery dos Santos (Felipão), e neto da primeira zeladora do templo e organizadora do tradicional evento cultural e religioso, Marcelina Cirila dos Santos (D. Marcela):
“Sempre falei, há muitos anos, em todos os meios de comunicação nativos, que seria uma questão de inteira coerência e justiça haver um arraial junino com mais tempo, ali, para ajudar os barraqueiros, que encaram muitas despesas, e não só na noite de 28 para 29 de junho. Inclusive, beneficia o turismo da terra, e disse, no ano passado, para a popular Nega, filha do nosso querido cantador do Boi da Madre de Deus, Mané Onça, ela barraqueira antiga, que eu continuaria lutando, onde fosse possível, para haver mais dias de funcionamento no largo”, assinalou.
