A operação Penalidade Máxima, anunciada em maio, veio mostrar o que há muito se receava: as apostas esportivas trazem riscos para a credibilidade do esporte. Jogadores sem escrúpulos podem aceitar combinar resultados para ganhos monetários de curto prazo, mesmo que isso traga risco para suas carreiras no médio/longo prazo. Mas o risco não é só para eles; é para toda a indústria do futebol. Pior que isso, é o próprio país que fica com sua imagem manchada no exterior.
Apostas esportivas seguem sem regulação
A aprovação da Lei 13.756/18 trouxe um impulso significativo para as casas de apostas, fortalecendo a confiança dessas empresas em se estabelecerem no mercado brasileiro. Com a promessa de uma regulamentação abrangente, as perspectivas se tornaram muito promissoras.
O setor de apostas esportivas floresceu rapidamente, com várias casas de apostas internacionais buscando entrar no país, juntando-se às que já estavam presentes, e investir em parcerias com clubes de futebol brasileiros. Praticamente todos os clubes das séries A e B passaram a ter algum tipo de patrocínio de casa de apostas. Faça uma busca por Novibet aposta esportiva e veja como é fácil encontrar uma plataforma para se cadastrar, procurar odds, submeter apostas e esperar um bom resultado.
No entanto, apesar desse crescimento e amadurecimento do mercado, a regulação prevista na lei ainda não foi concretizada. A ausência de um marco regulatório claro tem gerado incertezas e desafios tanto para as empresas quanto para os apostadores. A falta de regras claras prejudica a transparência, a segurança e a proteção dos consumidores, como o caso Penalidade Máxima veio mostrar.
Penalidade Máxima referida em jornal de ponta
O Financial Times é um jornal de finança e política, com sede na Grã-Bretanha, e provavelmente é um dos jornais de maior referência à nível mundial, ou pelo menos entre os países do Ocidente alargado (Europa e Américas). Em um artigo com o título “Betting scandal deals blow to Brazilian football’s development”, o renomado jornal deu atenção ao caso Penalidade Máxima, falou com responsável brasileiros (incluindo Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do Flamengo e deputado federal) e deu a nota: o futebol brasileiro corre um problema sério de credibilidade se não avançar rápido para a regulação.
É urgente terminar a regulação
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez da regulação das apostas uma de suas prioridades, seguindo a linha da administração Bolsonaro no sentido de não “assustar” as empresas do setor e pretendendo formalizar o mercado o mais rápido possível. Contudo, de acordo com o G1, o presidente da Câmara Arthur Lira estará pensando em fazer o processo passar por novo Projeto de Lei, em vez da Medida Provisória que o governo está estudando.
É crucial que as autoridades brasileiras cumpram sua promessa de regulamentar o setor, estabelecendo diretrizes claras e eficazes. A regulamentação adequada proporcionaria um ambiente estável e confiável para as casas de apostas operarem, protegendo os interesses de todas as partes envolvidas.
É importante sublinhar que as próprias casas de apostas exigem que o processo avance; elas sofrem danos financeiros e de reputação com casos como o de Penalidade Máxima. A casa de apostas funciona na suposição que cada time dá seu máximo; se isso não acontece, ela é a primeira prejudicada.