Publicidade
Carregando anúncio...

Riqueza e diversidade marcam “Karawara”, novo disco de Rommel

O álbum foi lançado pela gravadora Biscoito Fino.

Fonte: Zema Ribeiro

Maranhense de São Luís, radicado no Canadá, Rommel não perdeu um pingo de brasilidade. Seu novo disco, cantado em português, espanhol, francês e inglês, é também marcado pela diversidade rítmica que é sinônimo de música popular brasileira.

Cantor maranhense Rommel lançou seu mais novo disco (Foto: Divulgação)

A expressão em tupi que dá título ao disco refere-se aos espíritos da floresta e é também uma homenagem aos povos indígenas do mundo, e sua história de luta por direitos humanos básicos e reconhecimento. Nos singles e videoclipes que o artista disponibilizou até aqui, além da pluralidade melódica, o trabalho é marcado também pelo passeio por vários assuntos urgentes: “Karawara” é, com o perdão do clichê, um disco para dançar e pensar.

O sagrado dos terreiros das religiões de matriz africana, o combate ao racismo, as belezas naturais de São Luís e Montreal, a degradação ambiental (que tem arrancado povos e espíritos das florestas de seu habitat natural), a celebração da ancestralidade, através da reverência a grandes mestres comparecem ao temário de “Karawara”.

Um time de músicos de primeira grandeza, entre brasileiros e canadenses acompanha Rommel (voz, violão e guitarra) ao longo das 13 faixas autorais, que ele assina sozinho ou em parceria. Destacamos a banda base: André Galamba (baixo, guitarra e violão), Aquiles Melo (bateria), Carlos Bala (bateria), Dark Brandão (percussão), David Ryshpan (teclados), Debson Silva (trombone), Erivan Duarte (baixo), Márcio Oliveira (trompete), Parrô Mello (saxofone e arranjos de metais), Paulo Bottas (teclados) e Vovô Saramanda (percussão, arranjos e efeitos). A produção musical é de Rommel e Rafael Cunha França.

Videoclipe – O clipe de “Karawara” foi rodado no Xingu, bebendo diretamente na fonte ancestral de que se alimenta o disco e a obra de Rommel como um todo. O videoclipe é dirigido por Takumã Kuikuro, cineasta indígena que mora na aldeia Ipatsé, no Parque Nacional do Xingu, e Caio Lazaneo.

A música poderosa de Rommel aliada a imagens orgânicas – indígenas captados por seus irmãos – garante ao espectador um mergulho profundo na ancestralidade tão cara ao artista e/m sua coerente trajetória. Takumã Kuikuro teve filmes premiados nos festivais de Gramado e Brasília, dois dos mais importantes do país, e no Presence Autochtone de Terres em Vues, em Montreal. O cineasta Caio Lazaneo tem mestrado e doutorado em Ciências da Comunicação (ECA/USP), é professor de Cinema e já dirigiu videoclipes de artistas como Rael, Rashid e Vox Sambou.

Fechar