A corretora Binance perdeu 3 pontos percentuais de sua participação de mercado no segundo trimestre de 2023, reduzindo sua liderança no mercado de criptomoedas, segundo relatório da TokenInsight publicado na semana passada.
No primeiro trimestre de 2023, Binance possuía 53,6% de participação de mercado, valor que foi reduzido para 50% no dia 30 de junho. Ao mesmo tempo, concorrentes como OKX, ByBit, Bitget, MEXC e Huobi conquistaram terreno e clientes globais.
Na contramão, além da Binance, Gate, KuCoin, Upbit e Coinbase foram outras exchanges de criptoativos que também perderam mercado para seus concorrentes no período, segundo o levantamento.
Perdas de mercado da Binance também já haviam sido identificadas por outra pesquisa, esta mensal, promovida pela CCData, a antiga CryptoCompare.
Confira as movimentações de mercado, de acordo com os dados da TokenInsight:
Binance: 1T: 53,6% → 2T: 50,6%
OKX: 1T: 14,0% → 2T: 15,9%
Bybit: 1T: 10,5% → 2T: 11,0%
Bitget: 1T: 6,89% → 2T: 8,7%
MEXC: 1T: 4,24% → 2T: 5,9%
Gate: 1T: 2,41% → 2T: 2,3%
KuCoin: 1T: 2,77% → 2T: 2,5%
Upbit: 1T: 2,97% → 2T: 0,6%
Coinbase: 1T: 1,19% → 1,1%
Huobi: 1T: 1,31% → 2T: 1,4%
A OKX liderou as exchanges que têm conquistado território no período, com crescimento de participação de mercado de 1,9 ponto percentual, diminuindo a diferença para a Binance.
Na segunda-feira (17), o brasileiro Gui Matos anunciou em seu LinkedIn que foi contratado pela empresa como novo diretor de marketing da exchange sediada em Cingapura.
Seguindo as atualizações dos regulamentos em Hong Kong, a OKX integrou mais de 10.000 novos clientes em seu primeiro mês de negociação na região, segundo o CryptoSlate.
Reservas de Bitcoin e Stablecoins em queda nas corretoras
Dados da Glassnode — também compartilhados pelo CryptoSlate — mostram ainda que um grande fluxo em que Bitcoin (BTC) e stablecoins tem saído das carteiras conhecidas das principais exchanges do mundo.
A diminuição destas reservas poderia indicar uma perda de confiança dos investidores em manter seus fundos sob custódia das corretoras, conforme são movidos para carteiras autocustodiais; ou outros endereços desconhecidos.
A Binance demitiu mil funcionários nas últimas semanas e fez outros cortes de custos relacionados com seus funcionários.
Nas últimas semanas, diversos países também realizaram ações diretas contra a corretora líder; que precisou encerrar suas operações em muitos deles.
Segundo comunicado em 23 de junho, as operações na Bélgica precisaram ser encerradas por “oferecer e fornecer serviços de câmbio na Bélgica entre moedas virtuais e moedas legais, bem como serviços de carteira de custódia, a partir de países que não são membros do Espaço Econômico Europeu”, o que o regulador diz violar uma proibição.
A Binance, atualmente, enfrenta um grande processo, com 13 diferentes acusações, pela Comissão de Valores Mobiliários (SEC) nos Estados Unidos. Além disso, também está sob investigação na França.
Recentemente, o Canadá e a Holanda também impediram as atividades da corretora. No segundo, ela não conseguiu obter uma licença como provedora de serviços de ativos virtuais (VASP, na sigla em inglês), que comprova conformidade com as diretrizes para o combate à lavagem de dinheiro do país.