Nessa quarta-feira (2), uma ação deflagrada pela Polícia Civil do Maranhão, na cidade de Humberto de Campos, resultou no cumprimento de um mandado de prisão condenatória contra Benedito Manoel Martins Serrão, policial militar reformado, condenado pelo assassinato de Raimundo Bartolomeu dos Santos, conhecido como “Bertin” , ex-prefeito de Presidente Vargas.
Segundo o delegado regional de Barreirinhas, Ricardo Carneiro, o acusado foi condenado pelo assassinato que aconteceu no dia 6 de março de 2007, quando a vítima trafegava na altura do Povoado Cigana, BR-222, no município de Itapecuru-Mirim. Bertin sofreu uma emboscada e foi executado com vários disparos de arma de fogo.
A condenação do criminoso ocorreu após sessão do Tribunal do Júri, em 12 de dezembro de 2018, quando recebeu pena de 34 anos, em regime inicialmente fechado, mas estava foragido desde então.
Ainda de acordo com o delegado, com a notícia de que o PM tinha se mudado para o município de Humberto de Campos, os policiais civis da cidade e de Barreirinhas conseguiram localizá-lo em uma residência no Centro, onde foi feita a sua captura.
Outro PM preso
No dia 8 de março de 2023, um outro ex-policial militar foi preso por participação no crime. Raimundo Nonato Gomes Salgado também já havia sido condenado a 34 anos de prisão, em julgamento ocorrido no mês de dezembro de 2018, mas estava em liberdade.
Na ocasião, outros dois ex-policiais, José Evangelista Duarte Santos e Benedito Manoel Martins Serrão, também receberam a mesma sentença por participação no crime.
Relembre o caso
Bertin, no dia do assassinato, estava acompanhado do então secretário de esporte de Presidente Vargas, Pedro Pereira de Albuquerque, conhecido como ‘Pedro Pote’, quando foi abordado pelos criminosos. Eles estavam passando pelo Povoado Cigana, BR-222, município de Itapecuru Mirim, no momento em que foram surpreendidos por vários disparos de arma de fogo.
Bertin foi a óbito no local, enquanto Pedro Pote, mesmo atingido, conseguiu escapar com vida.
Conforme informações do promotor de justiça Pedro Lino, Bertin foi vítima de um crime de encomenda. No entanto, o mandante, até hoje, nunca foi identificado.