Nesta quinta-feira (3), centenas de caminhões estavam parados na beira da BR-135, e em postos de gasolina, ao longo da Avenida Engenheiro Emilliano Macieira, na região da Vila Maranhão, em São Luís. A situação ocorreu por conta de um possível problema logístico, que afetou o trabalho de escoamento da produção de grãos do cerrado maranhense e da região Centro-Norte.
Um caminhoneiro, que optou por não se identificar, relatou que o problema não é novo. “Estou na safra desde o ano passado, e essa demora é muito comum. É um descaso”, comentou.
O problema, segundo os trabalhadores, vai além da lentidão para descarregar os caminhões, pois, durante a noite, eles ficam receosos devido ao grande número de assaltos na região.
Cauã Expedito, outro profissional da categoria refém dessa situação, não só reclamou da sensação de insegurança com os roubos, mas também declarou que o atraso atrapalha na hora de conseguir mais contratos e que isso afeta a renda no fim do mês.
“Ninguém dá uma posição, não resolvem nada e ficam jogando [a responsabilidade] um para o outro”, denunciou.
OUTRO LADO
Em nota, a Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) informou que o Porto do Itaqui está funcionando normalmente, com os três berços dedicados a grãos em pleno funcionamento.
Além do já habitual pico de produção nos meses de julho e setembro, que dobra o número de veículos circulando; a empresa informou que a supersafra deste ano foi a responsável por afetar alguns aspectos da cadeia logística; mas reitera que as operações acerca do descarregamento de grãos envolvendo o fluxo de caminhões é de competência das empresas privadas.
Por outro lado, a Secretaria de Segurança Pública (SSPMA) informou que vai aumentar, além do número de rondas, o efetivo de policiamento preventivo, garantindo a segurança dos caminhoneiros.
