Em 2013, a retomada da construção da Praça dos Esportes e da Cultura (PEC), no bairro do Coroado, foi anunciada pela Prefeitura de São Luís, em parceria com o Ministério da Cultura e a Caixa Econômica Federal. O orçamento anunciado foi de R$ 3.881.492,53.
O local deveria ser um espaço comunitário para a realização de diversas atividades de lazer e cultura, mas, atualmente, está completamente abandonado pelo poder público, com construções inacabadas e alvo de descarte irregular de lixo e entulho.
O projeto original, criado para retomar obras iniciadas na gestão do ex-prefeito João Castelo, já falecido, previa a implantação de um Centro Cultural, com um auditório/cineteatro para 120 lugares; praça de eventos, salas de exposições, biblioteca, espaço para cursos e oficinas, Centro de Referência em Assistência Social (Cras), centro de informática, quadra poliesportiva coberta, pista de skate, play-ground, área para jogos de tabuleiro e pista para caminhadas. Mas tudo ficou apenas no imaginário da comunidade, que nunca chegou a ver o tão sonhado espaço de lazer e cultura.
Em 2018, um novo orçamento, no valor de R$ 1.530.294,23, teria sido liberado para a conclusão das obras, com previsão de entrega para junho de 2019. Entretanto, quem passa pelo local pode ver, além de lixo e estruturas abandonadas, apenas uma quadra esportiva, que as lideranças comunitárias e os moradores do bairro afirmam ter sido construída com parcerias privadas e esforço da própria comunidade.
Até mesmo a placa, que informava sobre a conclusão das obras, foi retirada do terreno. João Dutra, um dos líderes comunitários da região, afirmou que solicitações foram realizadas, junto à Prefeitura, em junho e agosto de 2023, mas não obteve um posicionamento.
“É uma obra de muita importância. Aqui, é um espaço público que vai trazer muitos benefícios para a comunidade, para o esporte e o lazer. Esperamos que vejam esse projeto para poder terminar. Já foram três prefeitos e nada”, denunciou o líder comunitário.
OUTRO LADO
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) informou que a obra citada na reportagem é resultado de um convênio entre o Município e o governo federal, via Ministério das Cidades, iniciada em gestões anteriores e não foi concluída.
A Semosp ressaltou que, logo após assumir, a atual gestão realizou novos estudos e readequou o projeto da obra, que será retomada e concluída com recursos próprios do Município.
A Secretaria comunicou, ainda, que o projeto arquitetônico da obra já está pronto, apenas com alguns projetos complementares em andamento, para seguir à fase licitatória e, posteriormente, ser executado.