Cabo da PM vai a júri popular por assassinar homem após saída de show em São Luís

Crime ocorreu no dia 5 de fevereiro deste ano, após uma briga de trânsito.

Fonte: Aidê Rocha

O cabo da Polícia Militar Maiks Mendes Facuri irá a júri popular pelo assassinato de Enildo Penha Mota, de 41 anos. O crime ocorreu no dia 5 de fevereiro deste ano, após uma briga de trânsito na saída do show do cantor Wesley Safadão, no bairro do Maranhão Novo, em São Luís.

O cabo Paulo Maiks será julgado pelo assassinato de Enildo Mota (Foto: Divulgação)

A determinação do julgamento, que ainda não tem data para ser realizado, foi dada pelo juiz Gilberto de Moura Lima, da 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri, na terça-feira (5).

Segundo as investigações da polícia, a vítima foi alvejada com um tiro no peito logo depois de discutir com o militar, que tinha batido no retrovisor do carro dele.

O policial, lotado no 21º Batalhão, zona rural da capital, foi ouvido dois dias depois do crime e liberado por não estar mais em situação de flagrante.

Entretanto, ele foi capturado em cumprimento a mandado de prisão, no dia 24 de agosto, e encaminhado ao presídio militar, no Comando Geral da PMMA, no bairro do Calhau.

RELEMBRE O CRIME

Uma briga de trânsito, na madrugada de 5 de fevereiro, resultou na morte de Enildo Penha Mota, 41. Ele foi atingido com um tiro no peito pelo policial militar Paulo Maiks Mendes Facuri, na saída do show do Wesley Safadão.

Em uma das imagens, que viralizaram nas redes sociais, a vítima aparece batendo com um cone na direção do cabo, que estava conduzindo um veícul, e  logo revidou atirando contra Enildo. A confusão teria começado minutos antes, após uma colisão entre os carros dos dois.

Ao Jornal Pequeno, o delegado George Marques revelou que, em depoimento, o militar alegou que não tinha intenção de matar.

“Praticamente ele fala tudo que aconteceu e que se percebe nos vídeos nas redes sociais. Diz que um carro o fechou e que seria o da vítima. Diz que não teve entendimento do porquê o carro o fechou e não teria notado a colisão, supostamente no retrovisor. Aí quando o cara fechou, desceu do carro gesticulando, ele também desceu e houve um bate-boca”, explicou.

Ainda conforme o delegado, o policial declarou ter, em seguida, retornado ao seu automóvel e que quando entrou viu a vítima se aproximando do carro com algum objeto, que afirmou não ter reconhecido o que era de imediato. “Aí ele diz que pegou a arma dele e disparou. Ele diz que não havia intenção de matar, mas, infelizmente, acabou matando”.

A esposa de Enildo também prestou depoimento na SHPP. Ela presenciou o crime e chegou a ser empurrada pelo policial depois que o marido foi morto.

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