Nessa quinta-feira (21), aconteceu uma manifestação de estudantes, no campus da Universidade Federal do Maranhão (Ufma). Segundo os universitários, entres os principais motivos estavam a insalubridade na instituição, o estado atual do transporte coletivo e uma suposta negligência da reitoria.
Primeiramente, os manifestantes bloquearam a entrada da universidade, impedindo a passagem de veículos. Algum tempo depois, eles caminharam em direção ao Centro de Convenções, onde estava ocorrendo a Feira de Profissões, evento dedicado a promover a imagem da universidade a estudantes do ensino médio.
Segundo os manifestantes, um dos problemas enfrentados pelos estudantes é a insegurança dentro do campus. Eles disseram que a falta de iluminação, edifícios com falhas estruturais e a saneamento precário afeta bastante a vida dos universitários.
“Nós não temos higiene no Restaurante Universitário”, afirmou Isabelle Castro, estudante de Ciências Sociais. “Foi feita uma pesquisa nos bebedouros da universidade e, em alguns deles, foram encontrados coliformes fecais”, acrescentou Ítalo Fabrício, aluno de Educação Física.
Outra reclamação dos manifestantes diz respeito aos ônibus que atendem ao campus, que seriam ineficientes, vivem constantemente lotados e mudaram de rota sem avisar aos estudantes.
“Alguns alunos, agora, precisam andar muito mais para irem aos seus prédios”, comentou Sabrina Oliveira, estudante de Jornalismo. “Quando conseguimos entrar no ônibus, ele é muito desconfortável e até corremos risco de sermos assaltados”, reforçou.
OUTRO LADO
Por meio de nota, a Gestão Superior da Ufma informou que está aberta a todas as lideranças estudantis e entidades representativas dos estudantes, para discutir os problemas reivindicados.
Informou, entretanto, que em nenhum momento foi procurada por nenhum estudante ou entidade estudantil para o diálogo e a busca de soluções das questões apresentadas.
A Gestão Superior da Ufma também chamou a atenção para o fato de que esta ação pode estar relacionada à insatisfação pelo resultado do processo de consulta pública pelo qual a Ufma passou, recentemente, cuja lista tríplice para a escolha de reitor e vice-reitor seguiu para Brasília.
Reiterou, por fim, o respeito ao princípio da democracia, mas ressaltou que o caminho é o diálogo, e afirmou não ter sido procurada pelos estudantes que promoveram a reivindicação.