Mutirão de Ostomia transforma vida de pessoas que convivem com incômoda bolsa

20 pessoas foram cadastradas para a etapa do processo, que segue até janeiro do próximo ano.

Fonte: Redação / Assessoria

Há um um ano e 10 meses usando bolsa de colostomia, Nilton de Oliveira é um dos pacientes submetidos a cirurgia de reversão, durante o Mutirão de Cirurgias de Reversão para Ostomizados, iniciado nesse sábado (23), em São Luís. A iniciativa é fruto de emendas destinadas pelos vereadores Paulo Victor, presidente da Câmara Municipal da capital maranhense, e do colega de parlamento, Raimundo Penha.

Mutirão de Ostomia e transforma vida de pessoas que convivem com incômoda bolsa (Foto: Divulgação)

20 pessoas foram cadastradas para a etapa do mutirão. “O que eu quero é voltar a ter uma vida normal com minha família, curtir meus netos, poder ir a todos os lugares sem restrições. Estou muito feliz por essa oportunidade, sabendo que há muitos esperando por esta chance”, comemorou Nilton.

A pessoa ostomizada convive com a bolsa de ostomia, instalada em abertura artificial no corpo. Na bolsa são eliminadas fezes e urina. Com a cirurgia de reversão, o dispositivo é retirado e as condições fisiológicas voltam ao normal.

“Com essas cirurgias, estamos devolvendo a qualidade de vida para essas pessoas, que vão poder retomar suas atividades normais. Uma felicidade ver que as nossas emendas estão fazendo diferença na vida da nossa gente. Esse é o reflexo do nosso trabalho, como vereador, de levar bem estar, melhorias para a população”, disse Paulo Victor.

O vereador Raimundo Penha destacou a importância da iniciativa, considerando ser este um dia de esperança e transformação para os pacientes. “Com nossas emendas, estamos garantindo que eles possam voltar a ter uma vida plena, sem a bolsa de ostomia. É uma honra poder contribuir para essa mudança. Entendemos que a saúde é uma prioridade, e é isso que estamos fazendo com esse mutirão, garantindo saúde e qualidade de vida. Nosso objetivo é proporcionar uma nova chance para essas pessoas a retomarem suas atividades cotidianas sem limitações”, enfatizou.

Participam do mutirão pacientes com ostomia temporária, que estavam em fila de espera e em boas condições clínicas para o procedimento (sem doenças de base, com exames exigidos concluídos, que não bebem e não fumam).

A cirurgia dura cerca de três horas e o paciente fica até oito dias na unidade hospitalar, para recuperação, explicou a coordenadora de Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência, da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), Mariana Diniz.

“É um procedimento complexo, pois há possibilidade de intercorrências e ser necessário o retorno ao uso da bolsa. Por essa complexidade do procedimento e seu risco, há poucos aptos a operar. As pessoas que foram selecionadas estavam aptas e, teoricamente, sadias para se submeterem à cirurgia de reversão, sem grandes complicações”, ressalta Mariana Diniz.

Ela informa que há cerca de 160 pessoas para realizar cirurgia de reversão, em São Luís, porém, nem todas são aptas, clinicamente. O Mutirão de Ostomia realiza média de quatro procedimentos, a cada 15 dias, agenda que segue até janeiro do próximo ano.

Qualidade de vida

Outro paciente do Mutirão de Ostomia, Daniel Araújo estava ansioso para a cirurgia e possibilidade de ter sua vida normal de volta. Há oito meses ele convive com a bolsa de ostomia e disse ter muita dificuldade para dormir e realizar atividades do cotidiano.

“Eu estou impedido de fazer muitas tarefas, por conta da bolsa, e estou muito feliz em saber que vou retomar minha vida normal. A primeira coisa que vou fazer, quando me recuperar da cirurgia, é dormir. Quero dormir bem e vou poder fazer isso, após oito meses. Isso me deixa muito feliz”, afirmou.

Emendas

Em abril deste ano, os vereadores Paulo Victor e Raimundo Penha uniram-se para, juntos, destinarem emenda no valor de 300 mil reais, sendo 150 mil de cada, para realizar o primeiro Mutirão de Cirurgias de Reversão para Ostomizados.

Com a iniciativa, garantiram que essas pessoas que já aguardavam há muito tempo na fila pudessem voltar a ter uma vida normal, livres da bolsa de colostomia.

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