Comissão aprova PL para inscrever Maria Firmina dos Reis no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria

Escritora maranhense nasceu em 1822, em São Luís e era filha da escrava alforriada Leonor Felipa dos Reis.

Fonte: Redação / Assessoria

A Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados aprovou hoje (18) o PL 2171/23, de autoria do deputado federal maranhense Rubens Pereira Junior (PT), para reconhecer a relevância e inscrever o nome de Maria Firmina dos Reis no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria.

Como se imagina que seja Maria Firmina dos Reis (Foto: André Valente/BBC)

A escritora maranhense Maria Firmina dos Reis nasceu em 1822, em São Luís. Era filha da escrava alforriada Leonor Felipa dos Reis e, possivelmente, de João Pedro Esteves, um homem rico da região. Além de escritora, foi professora primária, de 1847 a 1881, e musicista.

Segundo o deputado, “Maria Firmina é considerada uma das primeiras mulheres brasileiras a escrever um romance e também a primeira escritora negra de nosso país. Maria Firmina dos Reis influenciou outros escritores afro-brasileiros e abriu caminho para que muitos deles também abordassem questões raciais e de justiça social em sua obra”.

Sua obra mais conhecida, Úrsula, foi publicada em 1859, com o pseudônimo de Uma Maranhense. A partir dessa obra, Maria Firmina dos Reis passou a escrever para vários jornais, nos quais publicou alguns de seus poemas. Escreveu uma novela, um conto, publicou um livro de poesias, além de composições musicais.

Em 1880, adquiriu o título de mestra régia. Nesse mesmo ano, criou uma escola gratuita para crianças. Por ser uma escola mista, a iniciativa da professora, na época, provocou descontentamento em parte da sociedade do povoado de Maçaricó.

Literatura

A obra de Maria Firmina desafiou estereótipos raciais e representou personagens negros de maneira mais positiva e complexa do que era comum na literatura da época. Ela foi pioneira na representação de personagens negros como heróis e heroínas de suas próprias histórias.

Tramitação

A proposta segue agora para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) para ser deliberada. Se também aprovada nesse colegiado, segue direto ao Senado Federal.

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