A Polícia Federal, com o apoio da Coordenação de Inteligência da Previdência Social (COINP), deflagrou na manhã desta terça-feira, 31, a operação Fake ID, para o cumprimento de mandados de busca e apreensão e prisão preventiva. A ação ocorreu nos municípios de São Luís e Pinheiro, com a finalidade de combater grupo criminoso especializado na prática de fraude contra o INSS.
A fraude consistia na alteração indevida do domicílio bancário de benefícios previdenciários e assistenciais junto ao aplicativo “Meu INSS”, bem como anexo de documentos de identidades e comprovantes de endereços falsos. A prática criminosa visava ludibriar a autarquia previdenciária e, por conseguinte, sacar os valores depositados nos benefícios violados/fraudados.
Levantamentos realizados pelo Núcleo Regional de Inteligência da Previdência Social no Maranhão – NUINT/MA detectou 415 protocolos de alterações de cadastro em benefícios previdenciários entre 10/10/2018 e 16/02/2023.
De acordo com os cálculos efetuados pela Coordenação de Inteligência da Previdência Social (COINP), o prejuízo estimado com apenas o pagamento de 49 benefícios já identificados é de R$ 718 mil ao ano. Entretanto esse valor pode ser ainda maior após a análise dos materiais apreendidos, segundo a PF.
No total de 32 policiais foram mobilizados para o cumprimento de sete mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva, nas cidades de São Luis/MA e Pinheiro. Durante a operação, a PF apreendeu R$ 30 mil em espécie na casa de um dos investigados.
Em razão das condutas, os investigados poderão responder pelos crimes de 171, § 3º, 288, 297 e 298, todos do Código Penal com penas que somadas podem chegar a 20 anos de prisão.