Fisioterapeuta é preso por suspeita de matar a tiros morador de rua

O padrasto dele, que é segurança, também foi preso preventivamente por envolvimento no homicídio.

Fonte: Com informações de Lívia Ferreira e Catarina Costa, g1 PI

Um fisioterapeuta, identificado como Hitalo Vinicius Nogueira de Almeida, foi preso nessa terça-feira, 7, por suspeita de matar a tiros o morador de rua Francisco Eudes. O crime ocorreu no dia 24 de abril de 2022, no Centro de Teresina.

Dois homens foram presos suspeitos de matar a tiros morador de rua (Foto: Lívia Ferreira/g1 Piauí)

Além do fisioterapeuta, o padrasto dele, Sandro de Lima Freitas, que é segurança, também foi preso preventivamente por envolvimento no homicídio.

A advogada dos presos, Mayara Maia, definiu o caso como uma fatalidade e defendeu que os clientes estão contribuindo com o trabalho da polícia. Os suspeitos vão passar por audiência de custódia nesta quarta-feira (7).

“Foi uma fatalidade. Nada foi planejado ou programado, acho que situações inusitadas. O momento difícil que a família estava passando, que acaba influenciando, às vezes, a autoria de algumas coisas que podem acontecer de fato”, declarou.

Segundo o delegado Jorge Terceiro, responsável pela investigação, o fisioterapeuta foi preso em casa e o vigilante se apresentou com o advogado no DHPP. O morador de rua foi morto por ter supostamente quebrado o vidro do carro de um dos suspeitos.

“Na noite do fato, eles estavam todos presentes em uma festa no Centro da cidade, e deixaram o veículo na parte de fora do local. Ao saírem do evento, eles constataram um dos vidros quebrados e saíram à procura do autor, sem saber quem era, e foram até a praça João Luís Ferreira”, informou.

Conforme o delegado, os suspeitos chegaram a oferecer dinheiro pela identificação da pessoa que tinha quebrado o vidro. Eles deixaram o carro e foram andando diretamente até a vítima, que foi agredida com tapas, chutes e morta a tiros.

“A mãe do fisioterapeuta estava no momento do crime, mas não participou. Durante depoimento no DHPP, os suspeitos alegaram que os moradores de rua teriam partido para cima deles e eles se defenderam. Um deles teria sacado a arma e reagido a uma agressão dos moradores”, contou.

De acordo com Jorge Terceiro, a versão apresentada pelos suspeitos não se sustenta nos demais elementos, nem das testemunhas, nem das próprias filmagens do crime sendo praticado, que se encontra nos autos da investigação.

No transcorrer da investigação, o delegado chegou aos verdadeiros autores que, interrogados na presença dos advogados, confessaram o crime.

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