“Receber essa notícia foi alívio, até me emociono quando falo sobre isso. Finalmente a justiça começou a ser feita, já é um alívio e tanto”, desbafou a estudante de enfermagem Stefani Firmo, de 23 anos, ao saber da prisão da mulher que cortou o seu rosto durante uma viagem de ônibus. O crime ocorreu na madrugada do dia 29 de novembro de 2022, na linha que fazia o trajeto de Recife para a Bahia.
De acordo com a Polícia Civil, a suspeita foi presa no domingo, 12, em um hotel na zona norte de São Paulo. A mulher não teve o nome divulgado, e os detalhes do depoimento ainda devem ser divulgados.
Segundo a vítima, no momento do crime, ela estudante dormia, e acordou sentindo um ardor no rosto. Quando iluminou o local, viu que estava sangrando.
“Acordei sentido um ardor, passei a mão no rosto e percebi que estava sangrando”, relatou Stefani.
A jovem foi socorrida, levou 18 pontos, prestou boletim de ocorrência e alguns passageiros do ônibus foram ouvidos pela polícia.
Com uma passageira que estava sentada na frente da vítima, foram encontrados uma faca, uma tesoura e um alicate. A arma ranca foi enviada para a perícia, a passageira foi identificada e passou a responder em liberdade por lesão leve.
Segundo a defesa da estudante, exames complementares fizeram com que um médico alterasse a tipificação da lesão para grave. Os advogados da vítima pediram ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) a mudança do status da agressão e a prisão preventiva da suspeita foi decretada.
Stefani recebeu a notícia que a suspeita havia sido presa na tarde de domingo (12). Uma pessoa que não teve o nome revelado entrou em contato com ela, informou que viu a mulher na cidade e prestou queixa na delegacia.
Depois de receber a informação, Stefani tentou contato com mais pessoas que moram em São Paulo, para que elas também denunciassem a mulher.
A Polícia Civil da cidade informou que cumpriu o mandado de prisão preventiva expedido pela Bahia.
Cerca de um ano após ter tido o rosto cortado enquanto dormia, Stefani contou que tem se apoiada na fé e na psicoterapia para superar o trauma.
Após passar meses divulgando informações sobre o caso e lutando para que a suspeita fosse presa, Stefani precisou parar as postagens por questões psicológicas. Muito abalada, ela não se conformava que a suspeita pudesse continuar em liberdade.
“Estava me consumindo de uma forma muito grande, então dei uma pausa para focar em mim, cuidar da minha vida. É como se agora, com a prisão dela, eu tivesse desatado um nó”, desabafou.