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Petrobras planeja investir US$ 11,5 bilhões em projetos de baixo carbono

Plano estratégico da estatal para 2024-2028 prevê investimentos em eólica, solar, hidrogênio e captura, uso e armazenamento de carbono

Fonte: Com Epbr

A Petrobras planeja investir US$ 5,2 bilhões (R$ 25,5 bilhões) em energia eólica e solar nos próximos 5 anos, segundo o plano estratégico 2024-2028 divulgado pela estatal na quinta-feira (23/11).

As fontes renováveis vão responder por metade do investimento total em projetos de baixo carbono no período, que somam US$ 11,5 bilhões (R$ 56,4 bilhões) – o dobro do plano anterior. Entre as iniciativas, estão projetos de descarbonização das operações e novos negócios, como: biorrefino; eólicas; solar; captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS) e hidrogênio.

Veja como o dinheiro será investido:

Escopo 1 e 2

Investimento em mitigação de emissões: US$ 2,9 bilhões

Fundo de Descarbonização: US$ 1 bilhão

Escopo 3

Energia eólica e solar fotovoltaica: US$ 5,2 bilhões

Hidrogênio, CCUS, Corporate Venture Capital: US$ 300 milhões

Biorrefino (diesel renovável e bioQAV): US$ 1,5 bilhão

P&D

Pesquisa e desenvolvimento em baixo carbono: US$ 700 milhões

Distribuição dos investimentos da Petrobras em projetos de baixo carbono para o período 2024-2028

De acordo com a empresa, a previsão é que o investimento em baixo carbono ganhe espaço gradualmente no portfólio da empresa ao longo do período, chegando a 16% em 2028.

“A Petrobras está voltando a investir em projetos de novas energias. Vamos escolher projetos rentáveis, priorizando parcerias para redução de risco e compartilhamento de aprendizados. Com esta nova frente, queremos também desenvolver as vantagens competitivas regionais do Brasil”, comenta Prates.

Metas de descarbonização

No plano, a Petrobras estabeleceu metas para reduzir a pegada de carbono de suas operações:

– Ambição de neutralizar as emissões (escopos 1 e 2) nas atividades sob controle da Petrobras até 2050 e influenciar parceiros a atingir a mesma ambição em ativos não operados

– Redução das emissões absolutas operacionais totais em 30%2 até 2030 (54,8 MM ton/ano)

– Zero queima de rotina em flare até 2030

– Reinjeção de 80 milhões tCO2 até 2025 em projetos de CCUS

– Intensidade de GEE no segmento E&P: Atingir intensidade do portfólio de 15 kgCO2e/boe até 2025, mantidos 15 kgCO2e/boe até 2030

– Intensidade de GEE no segmento Refino: Atingir intensidade de 36 kgCO2e/CWT até 2025 e 30 kgCO2e/CWT até 2030

– Redução da intensidade de emissões de metano no segmento upstream até 2025, atingindo 0,25 t CH4/mil tHC e atingindo 0,20 t CH4/mil tHC em 2030.

Projetos já anunciados

No setor eólico, a Petrobras já anunciou planos de construir 30 GW de parques offshore e de comprar usinas onshore. A companhia também fechou parceria com a WEG para desenvolver um aerogerador nacional.

Também assinou um memorando de entendimento com a TotalEnergies e a Casa dos Ventos para avaliar possíveis investimentos em projetos de eólica onshore, eólica offshore, solar e hidrogênio de baixo carbono.

Em solar, a estatal vai instalar usinas fotovoltaicas em suas refinarias e abriu espaço para o desenvolvimento de plantas centralizadas.

Na área de refino, o diesel com conteúdo renovável (produzido por meio do coprocessamento de diesel mineral com óleo vegetal) foi primeiro produto lançado pela companhia. O plano da petroleira é instalar projetos de coprocessamento nas refinarias Presidente Bernardes (RPBC), Paulínia (Replan) e Duque de Caxias (Reduc), além de uma planta dedicada às produções de BioQAV e diesel com matéria-prima 100% renovável na RPBC.

A Petrobras também estuda produzir diesel com teor renovável nas refinarias de Capuava (Recap), Gabriel Passos (Regap) e Abreu e Lima (Rnest). E avalia novas plantas dedicadas para produção de BioQAv e diesel com matéria-prima 100% sustentável na Rnest e no Polo Gaslub.

A estatal estuda substituir hidrogênio fóssil por renovável nas refinarias, que consomem atualmente e 500 mil toneladas por ano.

A companhia também estuda implantar no Brasil um hub de captura e armazenamento de carbono (CCS, na sigla em inglês) e vai começar por um projeto piloto com capacidade de capturar 100 mil toneladas de CO2 por ano no terminal de Cabiúnas, em Macaé (RJ).

O investimento pretende ajudar a reduzir as emissões de gases de efeito estufa das próprias operações, e envolver outros setores, como indústria de cimento e siderúrgicas.

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