As informações mais recentes sobre a Black Friday 2023 revelam um cenário desafiador para o comércio eletrônico no Brasil. As expectativas de crescimento de vendas, que variavam entre 4% e 17%, não foram atingidas. Durante o evento, entre a quinta-feira (23) à meia-noite e sexta-feira (24) às 23h59, o comércio online registrou cerca de R$ 3,4 bilhões em vendas, uma queda de 15,1% em comparação a 2022, quando já havia ocorrido uma redução significativa. Esses dados foram coletados pela plataforma Hora a Hora, operada pela Confi.Neotrust em parceria com a ClearSale.
Embora essa não seja a maior queda de faturamento da Black Friday no Brasil, que já ocorre há 13 anos, o resultado de 2023 segue uma tendência de declínio, marcando o segundo pior desempenho desde o início do evento em 2010. É importante notar que esses números não incluem vendas em lojas físicas, que têm sido cada vez mais consideradas nas análises. Alguns varejistas observaram um aumento nas vendas físicas, especialmente em setores como eletrônicos e moda.
Diferentemente das expectativas iniciais para a Black Friday no Brasil, os consumidores nos Estados Unidos estabeleceram um novo recorde de gastos, atingindo US$ 9,8 bilhões em compras online, segundo informações do Adobe Analytics. Esse desempenho representa uma notícia positiva para os varejistas americanos, que estão diante de previsões pouco otimistas para a temporada de festas de fim de ano.
O aumento nas vendas foi impulsionado principalmente pela demanda em produtos como eletrônicos, smartwatches, TVs e dispositivos de áudio, que observaram um crescimento de 7,5% em relação ao ano passado. Os consumidores se mostraram dispostos a expandir seus gastos, aproveitando-se das modalidades de pagamento “compre agora, pague depois” (ou seja, parcelamento), que viram um aumento de 72% em comparação com a semana anterior ao Dia de Ação de Graças.