O Palacete da Rua Formosa, localizado na rua Afonso Pena, nº 46, no Centro Histórico de São Luís, vai abrigar o primeiro Museu de Azulejos do Brasil.
Os trabalhos, conforme a prefeitura, contemplam a restauração completa do imóvel, incluindo a revitalização do sistema estrutural em gaiolas pombalinas, a renovação de pisos, forros, portas e janelas. Escadas e demais elementos singulares do prédio também serão restaurados.
O museu planeja exibir uma coleção abrangente, abordando a evolução artística e técnica dos azulejos ao longo dos séculos, além de destacar a relevância cultural e histórica das obras de arte.
O Museu de Azulejos do Palacete da Rua Formosa também sediará eventos culturais, palestras e atividades educativas, proporcionando uma experiência imersiva aos visitantes de todas as idades e de todos os lugares do mundo.
O Palacete da Rua Formosa, de propriedade do Município desde 1992, foi construído seguindo os padrões do sistema construtivo pombalino, com apurada técnica construtiva e reflexo do próspero momento econômico vivido pelo Maranhão, na época, em que São Luís acumulou riquezas da exportação de algodão, arroz e açúcar. O imóvel é datado de 1829 e teve seu térreo utilizado para fins comerciais, sendo os pavimentos superiores destinados para residência de famílias nobres até 1859.
O local também serviu de sede do Colégio Nossa Senhora da Soledade (1860-1862), abrigou o Hotel Central da capital (1867-1869), foi sede de clube familiar e, na década de 1870, passou a ser residência da Família do Comendador Leite (1867-1869), quando passou a ser denominado de Solar dos Leites. Sediou ainda o Tribunal de Justiça do Maranhão por 10 anos (entre 1911 e 1921).
Após ter sido comprado por Assis Chateaubriand, de 1945 a 1966 foi ocupado pelos Diários Associados e, por um período de 44 anos, abrigou o jornal “O Imparcial” (1967-1992).
A restauração do Palacete da Rua Formosa é um projeto conduzido pela Prefeitura de São Luís, por meio da Fundação Municipal de Patrimônio Histórico (Fumph), em parceria com o Instituto Pedra (SP) e conta com a participação do consórcio Aldrava, composto por duas empresas maranhenses. O financiamento é viabilizado por meio dos recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com o patrocínio do BNDES e do Instituto Cultural Vale.