Um turista alemão foi esfaqueado até a morte nesse sábado (2), a poucos metros da Torre Eiffel, em um suposto ataque terrorista islâmico, abalando uma nação em alerta máximo devido à guerra entre Israel e Hamas.
O suspeito, identificado como um francês na casa dos 20 anos, foi preso logo após o assassinato, disse o Ministro do Interior Gérald Darmanin. O promotor de contraterrorismo da França abriu uma investigação.
“Ele disse à polícia que não podia mais aceitar que muçulmanos morressem no Afeganistão e na Palestina”, disse Darmanin.
Autoridades de vários países europeus temem que a guerra esteja estimulando extremistas islâmicos a planejar ataques. O governo francês elevou o alerta de terrorismo para o nível de ameaça mais alto em outubro, após um radical islâmico esfaquear até a morte um professor em uma escola secundária no norte da França. Os promotores disseram que o agressor nesse caso, um refugiado da Rússia, foi motivado pelas mortes de muçulmanos em todo o mundo, não especificamente na Faixa de Gaza ou na Cisjordânia.
Enquanto isso, comunidades judaicas na Europa enfrentaram um aumento nos incidentes antissemitas desde o início da guerra entre Israel e Hamas. Autoridades na França, Alemanha e outros lugares reforçaram a proteção policial de escolas judaicas, sinagogas e outras instituições que foram alvos de radicais islâmicos.
A vítima do ataque de sábado era um alemão nascido nas Filipinas, disse Darmanin. O suspeito gritou “Allahu akbar” antes de esfaqueá-lo, disse um oficial de polícia. O ataque aconteceu por volta das 21h perto da Ponte Bir-Hakeim, próxima à Torre Eiffel.
Um motorista de táxi afugentou o suspeito, disse Darmanin. Ele então atravessou a ponte, atacou várias outras pessoas e foi dominado pela polícia. Duas pessoas ficaram feridas além da morte, disse Darmanin.
O suspeito do ataque de sábado foi condenado a quatro anos de prisão em 2016 por planejar um ato violento, disse Darmanin. Ele foi monitorado pelos serviços de segurança franceses por acreditar-se que tinha graves problemas psiquiátricos, acrescentou o ministro.
“Envio minhas condolências à família e aos entes queridos do cidadão alemão que faleceu esta noite”, disse o presidente Emmanuel Macron.