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Policial militar morre após tomar injeção para dor

Técnica de enfermagem é suspeita de homicídio e de desviar medicamento da Santa Casa.

Fonte: Com informações do g1 Ribeirão e Franca

A morte de um policial militar está sendo investigada na cidade de Taquaritinga (SP), após ele ter recebido uma medicação intravenosa de uso controlado, sem prescrição médica, aplicada por uma técnica de enfermagem na casa dela.

O policial militar Edno Ferreira Junior, de 35 anos, morreu após receber medicação na veia (Foto: Arquivo pessoal)

A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar a morte de Edno Ferreira Ventura Júnior, de 35 anos, que foi a óbito na última na quarta-feira (13). O caso é investigado como homicídio.

A técnica de enfermagem chegou a ser presa, e foi solta após passar por audiência de custódia. Ela também é suspeita de furtar remédios do hospital onde trabalha na cidade.

Segundo familiares, Edno Júnior passou a usar morfina por causa de dores crônicas que sentia, após sofrer um acidente de carro em uma rodovia próxima ao município de Taquaritinga. Na ocasião, ele tentou desviar de um animal na pista, mas capotou o veículo e sofreu fraturas nas costelas, que deixaram sequelas.

Ele, então, contratou a técnica de enfermagem, identificada como Tatiani Cristina Gonçalves, de 41 anos, que também fornecia a medicação mediante pagamento.

O delegado Renato Cândido Soares, responsável pela investigação, informou que imagens das câmeras de segurança da casa de Tatiani foram apreendidas. O vídeo não foi divulgado, mas, segundo a polícia, Edno Júnior começou a passar mal segundos após a injeção ser aplicada sem prescrição médica.

“O policial está sentado próximo a uma mesa, com um torniquete no braço. A indiciada se aproxima dele com a seringa, faz a aplicação intravenosa, e logo em seguida ele começa a passar mal, já cai ao chão, onde nós acreditamos que ele tenha vindo a óbito. Em segundos, ele já começa a abaixar a cabeça, passar mal e já cai”, descreve o delegado.

Edno Júnior foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Taquaritinga, mas não resistiu. O corpo foi enterrado na manhã da última sexta-feira (15) em Santana da Ponte Pensa (SP).

Segundo consta no boletim de ocorrência, a técnica de enfermagem afirmou que aquela era a primeira vez que aplicava medicação no policial militar. Ele teria chegado com a injeção já pronta. Ela relatou que desconhecia o medicamento que constava na seringa.

A polícia apreendeu ampolas de cloridrato de tramadol, uma vazia e outra cheia, e frascos de soro fisiológico na casa da profissional.

Segundo o delegado, o material encontrado na casa de Tatiani foi desviado da Santa Casa de Taquaritinga, local onde ela trabalha. O número do lote possibilitou à polícia ter certeza sobre a origem do medicamento.

A gerente administrativa da Santa Casa de Taquaritinga, Camila Bellentani Cano, informou que foi instaurada uma sindicância para apurar o caso. Assim como o inquérito policial, que corre em segredo de Justiça, a investigação interna também é sigilosa.

O Ministério Público acompanha a investigação e recorreu da decisão da Justiça que colocou Tatiani em liberdade provisória.

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