Gasolina sobe 11% e é a segunda maior pressão da inflação no ano

Em 2023, o IPCA-15 registrou alta de apenas 0,83%, o menor resultado desde 2017, quando houve deflação de 2,15%

Fonte: Da redação

Em 2023, houve um aumento de 11,10% no custo da gasolina, conforme indicado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15), que é um indicador preliminar da inflação oficial.

Esse acréscimo é o mais significativo desde o aumento de 49,59% registrado em 2021, seguindo-se a uma diminuição de 25,46% em 2022, um ano caracterizado pela redução de impostos sobre combustíveis.

Nesse contexto, a gasolina representou a segunda maior influência no incremento do IPCA-15 em 2023, contribuindo com 0,52 ponto percentual para a taxa acumulada de 4,72% do índice, o que equivale a cerca de 11% da variação total, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última quinta-feira (28).

O fator de maior impacto foi o custo de emplacamento e licença, que subiu 21,37%, influenciando o índice em 0,54 ponto percentual.

Entre os quatro combustíveis monitorados pelo IBGE, a gasolina foi a única a apresentar um aumento nos preços em 2023. Os preços do etanol, diesel e gás veicular, por outro lado, apresentaram quedas de 7,15%, 8,51% e 7,92%, respectivamente. No entanto, devido à maior relevância da gasolina, o preço médio dos combustíveis teve um crescimento de 7,67% em 2023.

Alimentos

O IPCA-15 de dezembro mostrou ainda desaceleração da inflação de alimentação e bebidas para 0,54% em dezembro, vindo de 0,82% em novembro, a então primeira alta após cinco meses seguidos de deflação no grupo: 0,51% de queda em junho, 0,40% de recuo em julho, 0,65% de baixa em agosto, 0,77% de redução em setembro e 0,31% de decréscimo em outubro, com a contribuição da safra recorde e o consequente aumento da oferta de alimentos nesses meses.

Com a alta de dezembro, o grupo de alimentação e bebidas teve impacto de 0,12 ponto percentual (p.p.) da taxa de 0,40% do IPCA-15 no mês, ou 30% do total. Em dezembro, o subgrupo alimentação no domicílio subiu 0,55%, influenciado, em grande parte, pela alta em itens básicos na alimentação das famílias, como a cebola (10,63%), a batata-inglesa (10,32%), o arroz (5,46%) e as carnes (0,65%). Por outro lado, o tomate (-7,95%) e o leite longa vida (-1,91%) caíram de preços.

Já a alimentação fora do domicílio (0,53%) acelerou em relação ao mês de novembro (0,22%). Tanto a refeição (0,46%) quanto o lanche (0,50%) tiveram variações superiores às observadas no mês anterior (0,22% e 0,35%, respectivamente).

Em 2023, o IPCA-15 registrou alta de apenas 0,83%, o menor resultado desde 2017, quando houve deflação de 2,15%. Já o subgrupo de alimentação no domicílio fechou o ano com deflação de 0,82%, a primeira queda de preços também desde 2017, quando tinha recuado 5,18%.

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