Maranhão é um dos estados com menor incidência de casos de dengue no país em 2023

Ao todo no país foram mais de 1,6 milhão de registros, um aumento de 15,8% em relação a 2022.

Fonte: Com informações do Brasil 61

(Foto: Arquivo/Agência Brasil)

Espírito Santo, Minas Gerais e Santa Catarina foram os estados com os maiores coeficientes de incidência de dengue em 2023, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Minas também foi o que mais registrou casos da doença (408.396), seguido de São Paulo (339.602) e Paraná (212.588). 

Já os estados que registraram menor incidência de casos no ano passado foram Roraima, Maranhão e Pará.

De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), no período de 1º de janeiro a 9 de dezembro de 2023, no Maranhão, foram confirmados 4.058 casos de dengue, 2.613 de chikungunya e 98 registros de zika.

Foram confirmados 3.161 casos de arboviroses em São Luís, sendo 1.458 registros de dengue, 1.687 de chikungunya e 16 de zika. 

Ao todo no país foram mais de 1,6 milhão de registros, um aumento de 15,8% em relação ao ano anterior, quando as ocorrências passaram de 1,3 milhão. Já a taxa de letalidade ficou em 0,07% nos dois anos, somando 1.094 mortes confirmadas em 2023 e 999 em 2022.

A região com o maior coeficiente de incidência foi a Sul, que registrou 1.269,8 casos a cada 100 mil habitantes. Logo em seguida está a Região Sudeste, com 1.028,6 casos, e Centro-Oeste, com 935,9 casos por 100 mil habitantes. As Regiões Norte e Nordeste apresentaram coeficientes de incidência de 173,8 e 174,7 casos/100 mil habitantes.

O Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), informou que segue monitorando o cenário das arboviroses no Estado. Como parte das ações, a população foi mobiliada em 15 de dezembro, no Dia D de Combate ao Aedes, na Praça do Panteon, no Centro, em São Luís. A iniciativa foi realizada em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS).

O coordenador Estadual de Prevenção e Controle das Arboviroses Dengue/Chikungunya e Zika, Jorge Moraes, destacou o esforço integrado do Estado, Município e da sociedade. “Essas e outras iniciativas são importantes porque, também, chamam atenção da população para o combate ao Aedes. O mosquito está urbanizado. Por isso, é fundamental fortalecer todas as medidas de prevenção”, alertou.

Sintomas 

De acordo com o infectologista Robson Reis, a febre é o sintoma mais comum da doença e é preciso estar alerta caso a dengue evolua para forma mais grave. 

“A febre alta e dor no corpo são as características mais comuns num paciente com dengue, também podendo ter cefaleia, dores articulares, mas as mais importantes seriam essas duas [primeiras]. Paciente com dengue também pode evoluir para formas mais graves da doença, vindo a apresentar acometimento hepático e encefalite pelo vírus da dengue — e sangramentos, podendo esse paciente vir a óbito”, explica. 

O tratamento da dengue é basicamente com hidratação, segundo a infectologista Clarissa Cerqueira. 

“A pessoa tende a perder líquido do corpo por conta de lesão nos vasos, então a gente tem que repor esse líquido perdido, ou via oral para quem vai se tratar em casa ou, nos casos de gravidade, hidratação venosa. Muito soro na veia, com controle de sintomas”, explica. 

A zika e chikungunya, que também são doenças causadas pelo Aedes Aegypti, têm sintomas parecidos, mas com destaque para marcas vermelhas na pele e fortes dores nas articulações. 

De janeiro a dezembro de 2023, no país foram 154.800 casos de chikungunya e 106 mortes  — e 7.294 casos de zika com registro de 1 morte.

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