Os primeiros meses do ano são marcados com altos registros de chuvas em todo o estado do Maranhão. O mês de janeiro é o responsável pelo maior volume, em comparação aos demais meses do ano.
Em levantamento realizado pelo Laboratório de Meteorologia do Núcleo Geoambiental (Nugeo), da Universidade Estadual do Maranhão, revela que o mês de janeiro será marcado por chuvas intensas e mal distribuídas.
De acordo com o chefe do Laboratório de Meteorologia da Uema, Gunter Reschke, em previsão realizada ainda no ano de 2023, revelou que, para o setor norte do estado, as chuvas ficaram entre “normal” e “abaixo da média”, durante todo o mês de janeiro.
“Em nossa última análise do primeiro trimestre, no caso, dos meses de janeiro, fevereiro e março, indicaram que o setor norte do Maranhão ficará de normal a abaixo da média, coisa que já estamos percebendo. Porém, o setor que mais irá sofrer será o setor centro sul do estado”
Para o meteorologista, as condições climáticas no estado dependem do El Niño, um fenômeno natural caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico na sua porção equatorial.
“Esse aquecimento acima do normal modifica a circulação de vento, isso não só na América Latina, mas, em todo o planeta. Você vê lugares em que a neve está chegando mais cedo que o normal, como na Europa, por exemplo. Como consequência, aqui no Maranhão, teremos a má distribuição, tanto espacial quanto temporal das chuvas no estado. Não é apenas a redução, que também já pode causar um estrago, mas, também, o que deveria chover em um mês, chove em um intervalo de apenas dois ou três dias, em chuvas muito intensas que colocam a vida de muitas pessoas em risco”, frisou Gunter Reschke”
“Depois, acaba por passar o restante mês inteiro sem chuvas, com a população sofrendo com o calor. É o que está indicado para acontecer em nossa previsão”, completou o meteorologista.