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Mercado de Fretes e Conjuntura de Exportação

As exportações brasileiras de soja atingiram, em nov/23, 5,2 milhões de toneladas contra 5,53 milhões do mês anterior e, 2,52 milhões em igual período de 2022. No período jan-nov/23 as exportações da oleaginosa atingiram 98 milhões de toneladas contra 76,7 milhões ocorridas no mesmo período do ano anterior – incremento de 27,7% atribuídos ao recorde […]

Fonte: Extraído Do Boletim Logístico - CONAB

As exportações brasileiras de soja atingiram, em nov/23, 5,2 milhões de toneladas contra 5,53 milhões do mês anterior e, 2,52 milhões em igual período de 2022. No período jan-nov/23 as exportações da oleaginosa atingiram 98 milhões de toneladas contra 76,7 milhões ocorridas no mesmo período do ano anterior – incremento de 27,7% atribuídos ao recorde produtivo da safra passada e às agressivas importações chinesas.

Para esta temporada, os produtores brasileiros deverão colher 312 milhões e 300 mil toneladas de grãos na safra 2023/24, com um volume 2,4% inferior ao obtido na temporada passada, conforme demonstrado no 3o levantamento divulgado dia 08/12, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A queda na estimativa de produção neste ciclo é explicada pela baixa ocorrência de chuvas e altas temperaturas registradas nos estados do Centro-Oeste, enquanto que no sul do país, principalmente no Rio Grande do Sul, pelo excesso das precipitações. Essas condições climáticas adversas afetaram o desenvolvimento de
importantes culturas como soja, milho e trigo.
As exportações de milho em nov/23atingiram 7,41 milhões de toneladas contra o observado no mês passado de 8,45 milhões de toneladas e de 5,89 milhões ocorridas no mesmo período do ano passado. A retração de 12,3% em relação ao mês anterior ocorreu apesar de o país contar com a oferta de uma safra recorde e à demanda adicional da China, em 2023. O país asiático se destacou como um grande mercado este ano, sendo responsável por aproximadamente 31% do volume importado de janeiro a novembro ao iniciar
aquisições relevantes do cereal brasileiro no final do exercício passado, após a assinatura de acordos
comerciais.
No período jan-nov/23, as exportações do cereal atingiram 49,8 milhões de toneladas contra 36,9 milhões ocorridas no mesmo período do ano anterior – incremento de 34,9% atribuídos como foi informado à performance importadora chinesa, e também à recuperação dos prêmios brasileiros de exportação.
Maranhão
O mercado de fretes apresentou redução na oferta de caminhões para o porto do Itaqui, em São Luís, e para o terminal da ferrovia Norte-Sul, em Porto Franco, devido a diminuição dos estoques de soja e milho. Os dados do Comex do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços mostraram que as exportações mensais de soja atingiram 150,31 mil toneladas através do porto de Itaqui, com redução de 18,65% no volume exportado, em relação ao mês anterior, devido à maior parte da soja da safra anterior ter sido exportada.
Entretanto, a quantidade exportada no referido mês foi 76,58% maior que o exportado no mesmo período de 2022. Já a quantidade exportada de milho em nov/23 alcançou 441,67 mil toneladas, através do mesmo porto, apresentando redução de 2,53%, em relação ao mês anterior, devido à diminuição da oferta do produto e ao redirecionamento da comercialização do cereal para o mercado interno, com aumento de 56,49%, em relação a nov/22, refletindo a grande safra de milho 2022/23. Ressalta-se que o maior escoamento de milho dos municípios do sul maranhense como Balsas, Tasso Fragoso e Alto Parnaíba está sendo realizado para os estados do Nordeste como Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará, para granjas e indústrias alimentícias, assim como o escoamento de sorgo, com preços de frete que variam entre R$190,00 e R$240,00. Observa-se o transporte de fertilizantes de São Luís com destino aos municípios do Maranhão e para o Piauí, Pará, Tocantins e Mato Grosso, além de gesso agrícola para Goiás. Conforme demonstrado  a participação estadual nas exportações brasileiras de milho, no período em análise, atingiu 5,9%, enquanto a de soja foi de 2,9%.
MILHO
No MA, o plantio ocorre lentamente
no sul do estado, acompanhando as irregulares precipitações. Em GO, a semeadura foi retomada, dado o retorno das precipitações. As áreas implantadas apresentam bom desenvolvimento.
Os portos do Arco Norte exportaram em nov/23, 42,7% da movimentação nacional contra 44,9% no mesmo período do ano anterior. Na sequência o porto de Santos, com 37% da movimentação total, contra 36,2% no mesmo período do exercício passado; no porto de Paranaguá 7,8% contra 12,1% do ano passado; enquanto pelo porto de São Francisco do Sul foram registrados 7,7% dos volumes embarcados contra 3,6% em igual
período do exercício anterior. Os estados que mais atuaram nas vendas para exportação foram: MT, GO, PR e MS.
Soja
Na recente divulgação de safras da Conab, até 02/12, 83,1% da área brasileira tinham sido semeadas, representando uma redução de 8,37%, em relação ao mesmo período do exercício anterior. Em MT, o plantio está quase finalizado. As baixas e irregulares chuvas têm comprometido o desenvolvimento das lavouras em várias regiões. No RS, o tempo mais seco permitiu uma maior evolução na área semeada, contudo, ainda
está significativamente atrasada em relação à última safra. No PR, o plantio está sendo concluído. As chuvas impediram o progresso da semeadura e prejudicou a realização de tratos culturais. Em GO e MS, o plantio foi intensificado em razão do retorno das chuvas. A umidade do solo foi benéfica para os replantios. Houve uma melhora na condição das lavouras. Em MG houve significativo avanço no plantio com o retorno das chuvas, que também colaboraram na recuperação de lavouras afetadas pelo estresse hídrico. Na BA, a semeadura
está progredindo de acordo com a ocorrência de chuvas. Em SP, o plantio está sendo finalizado.
No MA, o plantio segue irregular nas
diversas regiões, acompanhando a ocorrência das precipitações. No PI, o plantio pouco progrediu em virtude da falta de precipitações significativas. No PA, as condições climáticas continuam desfavoráveis à implantação e ao desenvolvimento das lavouras na região da BR-163. Em Paragominas e Santarém, poucos produtores iniciaram o plantio devido à irregularidade das precipitações.
Em nov/23, pelos portos do Arco Norte foram expedidos para exportação 33,9% do total nacional contra 37,6% do acumulado do ano passado. Por Santos foram escoados 30,2% das exportações brasileiras contra 33,1% do exercício anterior. As exportações de soja pelo porto de Paranaguá totalizaram 13,7% do montante nacional contra 12,8% no mesmo período do ano anterior. A origem das cargas para exportação ocorreu, prioritariamente, dos estados do MT, GO, PR, e RS.
Farelo de Soja
Em linha com as estimativas da Conab, o país apareceu na temporada que se encerrou como o maior fornecedor mundial desse subproduto. As razões decorreram da produção brasileira recorde da oleaginosa e da redução do processamento de soja na Argentina provocado pelos danos climáticos nas lavouras daquele país. As exportações brasileiras do farelo de soja no acumulado até nov/23 atingiram 20,6 milhões de toneladas contra 19,2 milhões, ocorridas no mesmo período do exercício passado. Mereceu destaque o escoamento pelo porto de Santos – 42,1% contra 44,4% em igual período do ano anterior; Paranaguá – 28,5%
contra 25,4% do ano passado; Rio Grande – 15,2% contra 14,5% e Salvador – 5,7% contra 6,6%, com os
estados do MT, PR, RS e GO, aparecendo como os maiores originadores na exportação.
FONTE/ BOLETIM LOGÍSTICO – CONAB
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